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Olimpíadas 2020 - A decadência do vôlei de praia brasileiro

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Pela primeira vez desde quando o vôlei de praia entrou para as Olimpíadas, não teremos uma medalha para o Brasil. Isso é para ser observado, estudado e levado a uma mudança de estrutura e organização. Como um país tão vencedor na modalidade não consegue ficar entre os três primeiros da competição? Somos um país tropical, com praias belíssimas e muito talento no vôlei. Acontece que s coisas já não são tão simples como pensamos, e o ocorrido em Tóquio é apenas a consequência de um péssimo trabalho da CBV, com pouca renovação de jogadores e investimentos no esporte. O jogador Alison saiu da areia falando sobre os problemas que enfrenta e como o futuro do vôlei de praia parece ruim para o Brasil.


Chegamos nas Olimpíadas e 2020 com boas perspectivas de medalhas, mesmo com Alison e Bruno separados, os ganhadores do Ouro no Rio se juntaram a outros bons jogadores e vinham bem para a disputa. Do lado feminino as chances também eram reais, ainda mais com Duda, um talento genuíno do vôlei de praia estando presente. Chegando na fase eliminatória nenhuma de nossas duplas conseguiu ir para a disputa de uma medalha, e saímos assim zerado das Olimpíadas. O mais intrigante é que perdemos para duplas de países sem nenhuma tradição no esporte, onde até mesmo nem possuem praias em suas localizações. Quem um dia poderia imaginar que o Brasil perderia na areia para nações como Suíça e Letônia? Acontece que a frase é verdadeira, não existe mais bobo no vôlei de praia. Países sem tradição na modalidade investiram pesado com treinadores brasileiros ensinando seus atletas, além de irem treinar em outros países. Sem falar que investiram também em quadras artificias, com areia e clima ambiente. O resultado é o que estamos vendo em Tóquio.

Mas o problema não está apenas na evolução dos adversários, mas também no pouco investimento por conta de nossa confederação. Antigamente tínhamos um forte circuito de vôlei de praia no país, com o esporte sendo jogado nas diversas praias espalhadas pelo país. Tínhamos vinte e quatro campeonatos, hoje apenas oito. Os grandes campeonatos agora são disputados na Europa, e nossos jogadores não possuem recursos financeiros para se manterem jogando no alto nível. Sendo assim eles crescem, enquanto nós não evoluímos. Nos bastidores as nossas duplas vivem em conflito, trocam de parceiro em vários momento, dificultando a preparação para o próximo ciclo olímpico. Para os mais jovens e promissores jogadores de vôlei, não é viável e rentável ir para a praia, sendo melhor jogar o vôlei de quadra, que investe mais, atraindo os talentos em um número maior. O Brasil precisa se reestruturar, investir pesado, pois se não fizer nada sairemos da elite da modalidade, e resultados como esse em Tóquio irão se repetir. Não temos novos talentos, basta olhar para a média de idade dos atletas nas Olimpíadas. Para atrai-los, é necessário investimento e recursos. Precisamos nos renovar, rapidamente.

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