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P. A Entrevista #22 - Wellington Amorim

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Para iniciar a semana vamos entrevistar alguém que tem buscado realizar a sua arte através do mundo do cinema. Wellington Amorim Faz curta metragens, diretor da empresa Raízes e é estudante de Comunicação social na Universidade Anhembi Morumbi. Nessa entrevista ele fala sobre a sua arte e também sobre cultura negra e racismo na nossa sociedade.


1-) Como surgiu a sua paixão pelo cinema?
Na verdade eu não gostava de cinema. Na adolescência tinha um sonho de ser jogador de futebol um dia, porém por conta da pouca habilidade que eu tinha, acabei desistindo. Como era muito apaixonado por futebol me surgiu a grande ideia: vou trabalhar na profissão que mais fica próximo aos jogadores sem precisar saber jogar. Assim surgiu o sonho que carreguei até o ensino médio de ser jornalista esportivo. No ensino médio passei a estudar um curso de produção de áudio e vídeo, onde eu comecei a conhecer o cinema e me interessar bastante pela câmera, assim fui literalmente fisgado pelo cinema. Percebi que podia contar as minhas historias de forma diferente do que estava acostumado a ver nas grandes salas e sim, isso também é cinema. É independente, é comunitário, é representativo e periférico.

2-) Por que filmar curta metragens? Quais são as suas maiores dificuldades em filmar um curta?
A grande questão de rodar muitos curtas metragens passa principalmente pela elitização dos meios de produção audiovisual. Fazer cinema é caro e quando você é um jovem pobre morador da periferia, os caminhos para se começar a produzir não passa por uma trajetória diferente de começar pelos curta metragens. A grande dificuldade é colocar o universo que quero, minhas angustias, pensamentos e criticas em um tempo muito curto e pra além disso as próprias questões de produzir sem grana. Uma boa lente, um bom computador para editar, um equipamento de áudio bacana. Tudo isso é importante na hora de produzir e por vezes se torna a grande dificuldade. É comum eu publicar no meu Facebook: "boa tarde galera, estou atrás de pessoas bacanas que possam me emprestar determinada lente para gravar no próximo final de semana, pago com um filme lindo que traz a representatividade da negritude como tema". Costuma funcionar bem esse esquema de escambo.

3-) Como você enxerga o mercado de cinema no Brasil hoje?
Muito se produz no Brasil, mas pouco do que produzimos é assistido pelos expectadores que vão ao cinema. Ainda existe aquele grande paradigma de que filme brasileiro é ruim, não é que não seja, a questão é que filme brasileiro não é só aquele produzido pela Globo filmes. Em 2016 batemos recorde de bilheteria dos filmes nacionais, entretanto esse número ainda é pequeno comparado com os números de filmes estrangeiros no Brasil. Tudo isso dentro da cena comercial, na qual nem eu estou inserido e é muito das vezes o único conteúdo cinematográfico que as pessoas acessam. Então o mercado de cinema vem num processo de democratização da produção por conta do avanço da tecnologia que barateia partes do processos, mas ainda assim é uma área muito elitizada, como podemos comprovar se analisarmos o custo médio de uma graduação em cinema.

4-) Ainda existe racismo no Brasil? De quais forma ele se manisfesta?
Não só existe como ele é cotidianamente reverberado na sociedade. Quando temos um padrão de beleza que vai contra toda cultura negra, isso é racismo. Quando um jovem é parado ou assassinado nas ruas pelo simples fato de ser negro, é a maquina de extermínio do estado racista e genocida em ação. Quando temos a historia do povo negro contada apenas com o discurso de "escravos que foram trazidos para o Brasil", isso é racismo. Poderia passar horas citando como ele se manifesta na sociedade, porque isso ocorre em quase todos os espaços. Quando vemos a população negra em espaços precarizados da sociedades não é a toa, são os rastros deixados por esse processo de apagamento e embranquecimento da historia do negro no Brasil. Legado de 400 anos de escravidão no Brasil que não serão superados em décadas, ainda mais quando nos entendemos enquanto sujeitos explorados pelo sistema capitalista.

5-) De quais maneiras você enxerga que a cultura negra pode ser mais divulgada e apresentada na sociedade?
Acredito que um grande passo para cultura negra ser divulgada passa por iniciativas como essa divulgação, mas isso não basta, a luta se inicia muito antes da divulgação, vem da necessidade de resgatar a preservar a cultura negra. A historia do povo negro não é contada e tão pouco ensinada. Fazer funcionar politicas públicas antirracistas são fundamentais para que a nossa cultura sobreviva e que se coloque em questionamento as estruturas da sociedade que impedem que isso aconteça de forma natural. Fazer isso é questionar todos os privilégios dos brancos na sociedade, destruindo um a um, sem fetichização da dança, do corpo, da linguagem, das tradições e tc do povo negro. Tendo isso como base, conseguimos começar a pensar mais em como apresentar ela para a sociedade, pois hoje a nossa cultura é sinônimo de resistência.

5 Tokusatsus inesqueciveis

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Nos anos 80 e no inicio dos anos 90 os seriados japoneses eram de grande sucesso no Brasil. Eu mesmo acordava bem cedo para assisti-los na extinta TV Manchete e não saia de frente da televisão até meio dia, quando terminava os episódios. Vou listar agora os cinco melhores Tokusatsu que os japoneses criaram. Pra quem não sabe, Tokusatsu é o nome desses seriados no Japão.

1-) Jiraya


Esse era o meu Tokusatsu preferido, o ninja Jiraya. Era uma série muito boa, com pitadas de humor e muita ação. Jiraya era um ninja que tinha que enfrentar o perigoso Dokusai, além de ter que enfrentar diversos ninjas das mais variadas especies, como ninjas americanos, ninjas mágicos, ninjas cibernéticos. Acredito que Jiraya tenha os melhores vilões do gênero. O personagem também tinha uma armadura sensacional e a famosa espada Olímpica.

2-) Cybercops


Imagine um futuro onde a tecnologia reina na sociedade, mais precisamente o Japão, claro. É nesse cenário que Cybercops se passa, onde eles são uma equipe da policia japonesa que luta contra a organização criminosa Destrap, que é liderada por um super computador. Cada personagem tinha sua própria característica e seus próprios poderes, onde o principal era Júpiter, que veio do futuro para ajudar a época atual. Os outros eram Marte, Mercurio e Saturno. Cybercops possuía também uma música de abertura muito boa.

3-) Changeman


Bem antes de existir Power Rangers, existia o esquadrão relâmpago Changeman. Para mim essa equipe é a melhor equipe dos super sentais, como eram chamados os times desse gênero. A historia nos mostra jovens que foram treinados pela organização defensores da Terra para lutar contra as tropas Gozma, alienígenas que invadem a Terra para fazer o mal. Os heróis se transformam em Dragon, Pégaso, Grifo, Sereia e Fênix, para então combaterem essas forças do mal. A série possui drama e muita ação, e ainda durante os episódios temos lutas muito boas.

4-) Black Kamen Rider


Essa série era bem dark, com muito suspense e inimigos que davam medo para as crianças do inicio dos anos 90, mas talvez por isso ganhou tantos fãs no país. A historia mostra os irmãos de criação Issamu e Nobuiko sendo raptados pelo império Gorgom, onde são implantados neles os cintos King Stone que podem transformá-los. Issamu consegue fugir e se torna o Kamen Rider, mas Nobuiko tem a memória apagada e se torna o vilão Shadow Moon. Black Kamen Rider é a série mais dramática da TV Japonesa, pois traz essa luta entre irmãos e o desejo de Issamu salvá-lo.

5-) Jaspion


Como não falar de Jaspion? Esse é o Tokusatsu mais conhecido de todos, onde todos se lembram do personagem, suas musicas e seus inimigos. Jaspion foi de fato o Tokusatsu de maior sucesso no Brasil. Jaspion veio do planeta Edin para proteger a Terra do terrivel Satan Goss e seu império de monstros. Além disso Jaspion enfrentava o seu rival MacGaren. O herói possuía o seu robô Daileon que trazia boas batalhas com os monstros. Jaspion precisa juntar os pedaços da Bíblia Galática para poder derrotar o império dos monstros. 







Um cara chamado Oscar

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Os mais novos talvez não o conheçam, ou apenas ouviu algumas poucas história desse gigante do basquete. Eu também não tive a chance de ver o melhor desse jogador, mas deu tempo para que eu pudesse assistir alguns jogos e lances dele, onde destaco as Olimpíadas de 1996, onde o craque se despediu da seleção brasileira. Lembrar de Oscar me faz lembrar da minha infância, dos tempos de escola, onde a minha preocupação diária era saber se o meu time iria vencer o campeonato daquele ano. Mas voltando a falar de Oscar, esse cara tem uma história vencedora e números impressionantes. O apelido da fera é mão santa, mas quando falavam isso para ele Oscar dizia que era mão treinada, pois esse cara ficava horas após seu treinamento diário focado em treinar somente arremessos.


A última semana foi uma semana de homenagens para o maior craque de basquete do Brasil, onde ele foi para os EUA ser homenageado pelo time do Broklyn Nets, pois nos anos 80 ele foi draftado pelo time mas se recusou a jogar. O motivo? Se ele jogasse pela NBA ele teria que abrir mão da seleção brasileira. Logo ele, um apaixonado pela seleção nacional. Oscar abriu mão de jogar entre os melhores para poder levantar o basquete em nosso país. Oscar mostrou ser de fato um monstro com essa decisão e não se arrependeu, pois mais tarde, em 1987 ele venceu o Pan-Americano contra os EUA, que eram também os donos da casa. Sem dúvida um dia histórico para o basquete nacional. Isso nunca tinha acontecido e foi um banho de água fria para os soberbos americanos.

Oscar também é o maior recordista de pontos do basquete do mundo, sim meus amigos, o maior pontuador do mundo. Sabe quantos pontos? Apenas 49.737 pontos, uma marca que vai demorar muito para alguém passar. Oscar foi inspiração para muitos jogadores atuais, entre eles o argentino Scolla e nada mais nada menos que Kobe Bryant, que assistia os jogos do Oscar na Itália, quando morava por lá. Oscar também entrou para o Hall da fama da FIBA em 2010 e então em 2013 entrou para o Hall Of Fame do basquete dos EUA. Será que ele tem moral? Pouca coisa né. E por fim tivemos a homenagem do último fim de semana, quando Oscar disputou o jogo das estrelas da NBA, jogando a partida dos veteranos. Infelizmente o craque brasileiro teve poucos minutos em quadra, mas de 100% de aproveitamento, onde fez quatro pontos e saiu de quadra se divertindo. Infelizmente os brasileiros pouco homenageiam os seus craques, mas que não possamos esquecer desse, que foi o principal nome do basquete nacional. Um cara apaixonado pelo jogo, um cara chamado Oscar.

O Divã chamado Ônibus

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Andar de Ônibus nos traz experiências muito interessantes, pois é onde temos a oportunidade de ver pessoas e reparar no comportamento delas, além de sermos levados a fazer reflexões sobre a nossa própria vida. Alguns procuram ouvir musicas com seus fones de ouvidos na orelha, outros buscam se concentrar na leitura de livros, mas não tem jeito, em algum momento da viagem você vai ter a oportunidade de refletir sobre a vida. Ainda mais se você volta cansado depois de um longo dia de trabalho. Não tem jeito, a nossa mente procura nos envolver e nos leva para as mais diversas reflexões.

Será que estou fazendo a coisa certa? O que estou fazendo da minha vida? Como será o meu futuro? O que eu devo fazer? Pois é, essas são algumas perguntas que passam na mente enquanto o motorista do Ônibus segue a sua jornada, talvez também pensando na vida. Tem pessoas que não conseguem dormir por ficarem na cama pensando nos seus problemas, outros fazem da hora do banho o julgamento de suas vidas, mas acredito que a viagem de Ônibus é o lugar ideal para pensar. Enquanto ele segue andando você observa paisagens, lugares que você conhece e tem história ali. Sabe aquela escola que você estudou? Aquela praça que você foi com a pessoa que gosta? Aquele restaurante que saiu com os amigos? Pois é, o Ônibus passa por esses locais. E ainda tem ainda outros locais que o famoso Busão passa que você é doido para ir e conhecer. Mas porque ainda não foi? Olha ai outra reflexão.


Em dias de calor gera um certo incomodo, ainda mais se o Ônibus estiver lotado e você tem que fazer a viagem toda de pé. É então que aparecem os pensamentos de reclamação, pensamentos de derrota, onde você se pergunta porque esta nesse trabalho, se realmente vale a pena tanto esforço. Em dias de chuva você é tomado por pensamentos de nostalgia e saudades de bons momentos. Pensa na família, pensa em quem gosta, pensa em coisas mais sentimentais. Sim, existe aqueles que fazem do Ônibus uma cama de dormir, já que acordar cedo e ir para o trabalho com sono é difícil, então por que não fazer daquele velho banco a nossa velha cama? Aos que fazem do Ônibus o seu Divã, fique em paz, você não é o único.

P.A Entrevista #21 - Gabriela Gasparin

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Você sabe qual é o sentido da vida? Já parou para pensar sobre essa questão? Pois é, com essa pergunta na cabeça Gabriela começou um Blog com esse tema, onde ela começou a perguntar para as pessoas qual seria o sentido da vida, e o resultado foram respostas das mais variadas. Então vamos conhecer melhor Gabriela Gasparin e sua visão sobre o sentido da vida.


1-) Como surgiu o desejo por descobrir qual o sentido da vida?
Eu vivia uma vida no "automático" na época. Sempre fui bastante questionadora e eu me sentia desconectada do mundo ao meu redor. Eu trabalhava como Repórter na grande imprensa fazia anos, e tinha estabilidade no trabalho. Tinha meu carro a alguns anos e já tinha até comprado um apartamento(que eu pagaria por anos). Fazia cursos, viajava todo ano para o exterior. Ou seja, eu tinha conquistado uma vida que teoricamente é o que nos ensinam a conquistar quando somos mais novos. Ao menos foi essa educação que eu tive e vi na imprensa, na televisão, etc. Ma internamente eu perguntava: e agora, a vida é só isso? Trabalhar muito, gastar o dinheiro nas férias, comprar uma casa, sair aos finais de semana. Algo me faltava, eu sentia um vazio apesar de todas essas atividades. Então comecei uma busca para entender o que é a vida, afinal. E foi assim que resolvi fazer o Blog, eu pensava: será que só eu penso nisso? Será que as pessoas estão satisfeitas com a vida delas? Qual deve ser o sentido da vida para os outros? Resolvi perguntar.

2-) Na sua opinião o que é uma vida bem vivida?
Hoje eu diria que é uma vida na qual nós sabemos "por que fazemos o que fazemos". Esse é o titulo de um livro do filósofo Mario Sergio Cortella. Ele no livro diz que uma vida com propósito é aquela na qual a gente tem consciência do motivo pelo qual nos movemos diariamente. Ou seja, para mim numa vida bem vivida eu não desperdiço meu tempo fazendo coisas que não vão me levar onde eu quero chegar. É uma vida com ação consciente. Por mais que eu precise em uma fase trabalhar em algo que eu não gosto, ou fazer uma coisa que é custosa, eu preciso ter consciência e saber que estou fazendo aquilo por um motivo especifico, para um fim. Para isso é importante primeiro saber, o que quero da minha vida? Para onde estou indo? Para onde eu quero chegar? Uma vida bem vivida é aquela em que fazemos o que esta ao nosso alcance para encontrar esse objetivo, não necessariamente atingi-lo, mas viver para ele.

3-) Por que existe tantas definições para o sentido da vida?
Porque não existe uma resposta pronta ou única. Somos mais de 7 bilhões de habitantes no mundo, o que significa que existem provavelmente 7 bilhões de sentidos para a vida. Cada um pensa ou diz aquilo que vem a mente, que necessita para si. Apesar disso, no amplo, o sentido da vida é parecido para as pessoas. Eu entrevistei mais de 100 pessoas e consegui "agrupar" as respostas em temas parecidos, que são: amor, aproveitar e curtir, Deus, família, evoluir, sonhar e trabalhar. Ou seja, mais ou menos são essas coisas que dão sentido para a vida das pessoas.É claro que foi uma pesquisa empírica, mas de uma forma geral a maioria quer essas coisas.

4-) O que você mais aprendeu enquanto entrevistava as pessoas sobre esse tema?
Que não importa a classe social ou a origem, somos muito parecidos no que diz respeito ao que queremos da vida de uma forma mais ampla. Quando eu perguntava qual o sentido da vida, as pessoas quase sempre falavam o mesmo: é estar com a família, é fazer o que a gente gosta, é aproveitar as coisas mais simples, é sonhar e realizar os sonhos. Aprendi também que não podemos julgar as pessoas pelos "rótulo"(o que é fácil falar, mas difícil cumprir). Conversei com muitas pessoas que não conversaria se não fosse o projeto e ouvi histórias tocantes, ideias surpreendentes. Então acho que o projeto me deixou um pouco mais sensível e próxima das pessoas como um todo.

5-) Para você, qual o sentido da vida?
Hoje eu diria que só vivendo para saber. E explico o que isso quer dizer. Foi vivendo que eu aprendi que não basta apenas refletir sobre o sentido da vida se as reflexões não forem colocadas em prática. Se para uma pessoa por exemplo, o sentido da vida é evoluir, ela só vai estar vivendo com sentido se ela estiver buscando, observando e realizando essa evolução diariamente. O sentido da vida para mim hoje é justamente descobrir a cada dia o que me move, o que me inspira, e conseguir tomar atitudes efetivas para transformá-las em realizações reais. É conhecer-se para realizar-se como ser humano. E essa realização nada tem a ver com dinheiro, status, fama, poder. Dessa forma, de uma forma resumida, o sentido da vida para mim é viver conscientemente e se realizar como ser humano.

Vida, uma coleção de histórias.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Gosto sempre de pensar e acreditar que a vida é boa e cheia de possibilidades. Cada escolha uma consequência, cada estrada um final diferente. Já parou para pensar que você possui vinte quatro horas por dia com uma infinidade de escolhas e reações? Pois é, viver é uma arte e eu amo viver dessa arte tão linda que é a vida. Simplesmente um presente dado por Deus. Infelizmente existem pessoas que apenas estão existindo, outas passando uma existência de passagem, sem criar coisa alguma, sem sair do lugar, sem fazer algo de relevante na história.

Se você olhar para homens e mulheres de sucesso verá que eles tiveram uma vida recheada de perdas e ganhos, risos e choro, chuva e sol. Isso é viver, pois viver não é uma garantia de flores, arco iris e água fresca. A vida passa por dias de alegria sim, mas também passa por dias de luta, dias de ter medo do gigante, mas ainda assim ter forças para vencê-lo. A vida é para os fortes, porque infelizmente os fracos ficam na cama chorando, ficam na mesa reclamando dos outros e da má sorte. Mas eu não acredito em má sorte, acredito na realidade em boas e más escolhas. Isso é vida, o resto é apenas história de gente que perdeu e não assume, que errou e não se arrepende, que chora e não faz nada para mudar a situação.


E se você fosse escrever uma biografia da sua vida, quais histórias você teria para contar? Saiba que a vida é uma coleção de histórias, a vida é aprendizado, através das mais variadas experiências que temos ao longo de cada dia. Aquele dia chato no hospital, aquela festa legal, aqueles bons momentos com quem você ama, as suas conquistas. Tudo faz parte de sua vida, da sua história e irão para a sua biografia. Não sei se você sabe, mas pessoas vão acabar esbarrando na sua vida, e irão sim conhecer a sua história, e espero sinceramente que seja uma boa história para contar. A cada ano escrevo os fatos mais importantes do meu ano, pois quero que ao ficar mais velho eu possa mostrar as minhas ações no planeta para os meus netos, e também poder ler com nostalgia os bons tempos da minha vida, e as crises que eu superei. 

Insisto para que você siga buscando fazer a diferença, não ser mais um nessa vida, não ser apenas poeira, mas ser alguém que faz e vive a história. Me encanta olhar os idosos e imaginar quanta coisa eles possuem para nos dizer. De fato muitos deles são caixas de conhecimento e sabedoria. Todo dia é um novo dia para aproveitar e desfrutar e os sábios aproveitam o dia. E quanto amanhã? Ele não chegou, então nem me preocupo, pois estou colhendo histórias hoje, estou aprendendo hoje, fazendo a diferença hoje. Seja um colecionador de histórias, seja uma pessoa que consegue aprender com cada detalhe da vida, sendo ele bom ou ruim, pois nada é a toa e por acaso. Com tudo se aprende, com tudo se ganha uma experiência. Valorize o momento, e escreva um livro com os grandes feitos da sua vida. Então mãos a obra, as paginas estão em branco esperando você escrever algo.

Jó - O dia em que o mundo caiu

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A cidade de São Paulo é conhecida como uma grande metrópole, onde todos correm em busca de um objetivo, correm mesmo sem perceberem que correr tanto só nos deixa cansados e nem sempre vale a pena. Em meio a uma multidão de pessoas e prédios existe um homem chamado Jó. No mundo dos empresários ele o mais conhecido do país, sendo muito rico. Os seus sete filhos possuem muita publicidade na mídia e são bastante conhecidos. Alguns são capas de revista, outro jogador de futebol e outros empresários como o pai. Mas quem vê de longe não sabe que Jó é uma pessoa simples, do bem, que tem como grande prazer da sua vida seguir frequentando a Igreja que frequentava desde pequeno. Até que um dia o seu mundo caiu.
- Jó! Jó! Uma desgraça acabou de acontecer - entrou a sua secretária junto com seu assistente com um olhar preocupado em sua sala.

- O que houve? - disse Jó muito preocupado.

- Uma desgraça, acabamos de saber que todo o seu dinheiro acabou, em uma manobra do governo com os bancos a sua conta acabou no vermelho.

-Como isso aconteceu?

- Talvez em negociações erradas - disse seu assistente - só pode ter um traidor em nossa equipe.

Jó ficou bastante preocupado, bateu um frio em sua barriga, mas a sua mente já estava a cem por hora buscando encontrar uma solução e como recuperar o seu dinheiro. Acontece que a próxima noticia o deixou ainda pior. O seu telefone tocou, era a sua mulher aos prantos que dizia:

- JÓ, UMA DESGRAÇA ACONTECEU. NOSSO MUNDO CAIU. NOSSOS FILHOS MORRERAM, TODOS ELES JÓ, TODOS ELES.


- Não acredito, meus filhos, todos eles - Jó se sentou na cadeira e se colocou a chorar.

Mais tarde ele ficou sabendo que seus filhos estavam em uma festa e em um acidente o telhado do lugar não aguentou e ao ceder caiu na cabeça deles, que faziam mais uma festa de família. Jó foi para a sua casa e mesmo sem entender o que acontecia não reclamou e não blasfemou contra Deus. Dias depois quando achava que as coisas não poderiam piorar, elas acabaram piorando. Jó acabou ficando muito doente, com sua pele cheia de feridas e uma coceira que não tinha mais fim ele se viu no pior momento da sua vida. A esposa não aguentando mais aquela situação, acabou explodindo contra o marido e falou muitas coisas que não devia. Ainda assim Jó se manteve firme, não iria jogar toda uma vida por causa de um momento tão ruim da sua vida.

Os meses foram se passando e Jó não melhorava, seguia sentindo dores terríveis e pouco se alimentava, sendo levado a emagrecer como nunca antes. Três de seus amigos foram visitá-lo e se chocaram com a situação. Um deles chamou Jó de bandido, que estava fazendo negócios ilegais e por isso estava sem dinheiro. Outro falava que a perca dos filhos era um castigo de Deus por conta de sua soberba. Logo ele, que sempre procurou ser humilde. Sobre a sua doença, seu terceiro amigo, logo o mais chegado disse que Jó estava assim por estar traindo a sua esposa. Jó chorava por dentro.

- Amigos, não me entendam mal, em nenhum momento ocorreram tais barbaridades que vocês estão dizendo. Não sei o motivo de estar passando por isso, mas sei que em breve tudo isso vai passar, seja para o bem ou para o mal, tudo isso uma hora vai passar.

Pois isso aconteceu, o tempo passou, e aos poucos, de forma milagrosa Jó ia se recuperando, sua feridas secaram, ele voltou a se alimentar e a engordar. Ele e sua esposa voltaram a se entender e quando Jó tinha se recuperado começaram a vida do zero. Aos poucos Jó foi recuperando o seu dinheiro, abrindo empresas e voltando a ser rico novamente. Ele também teve filhos novamente, por incrível que pareça o mesmo número de antes, mas dessa vez no pacote vieram três lindas mulheres.

Os seus amigos viram que falaram besteira e voltaram a casa de Jó para pedirem desculpas sinceras, o governo viu que tinha errado com Jó, foi descoberto aquele que estava roubando sua empresa. Sim, a vida deu uma bela volta e Jó conseguiu o dobro de tudo aquilo que possuía. As pessoas ao ouvirem essa história ficaram muito impressionadas, querendo saber o motivo de tal virada. E a história que é mais falada é aquela que se conta que Jó falava com alguém toda noite, alguém que ninguém via, alguém que antigamente nem mesmo Jó enxergava, mas agora passava a enxergar com os seus próprios olhos. E essa pessoa que Jó falava lhe deu tudo em dobro!

P.A Entrevista #20 - Letícia Diethelm

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Nesta semana a entrevista vai ser com uma pessoa que tem como uma das paixões da sua vida viajar. Letícia Diethelm mora em Viena, capital da Áustria e é uma das apresentadoras do Podcast "O nome disso é mundo". Nesta entrevista ela nos conta sua visão sobre Viena, diferenças entre os Latinos e Europeus, e muito mais.


1-) Quais as grandes vantagens de viajar?
A maior delas é atualizar o que hoje você considera ser o seu limite.

2-) Quais os pontos que mais chamaram a sua atenção na cidade de Viena?
A grandiosidade de tudo. Cada rua por onde se anda, tem algo para exclamar "u-a-u"! Outra coisa que me chama a atenção é o transporte público. Ele é muito eficiente, te leva para todo e qualquer canto da cidade. Não é a toa que a maior parte da população considera desnecessário ter um carro(E tem cartão anual do transporte público).

3-) Como vencer o medo de sair da zona de conforto e sair para viajar?
Antes de responder a essa pergunta, eu quero esclarecer uma coisa: por mais que viajar seja gostoso para muita gente, não precisa ser para todo mundo. Sair da zona de conforto é legal, mas também é legal não sair dela. O que eu quero dizer é que cada um tem que entender seus próprios sentimentos e saber o que quer da sua própria vida, sem olhar a vida de ninguém como parâmetro. Se você não quiser sair da sua zona de conforto, não se sinta mal só porque você tem a impressão de que todos ao redor querem sair da zona de conforto. É ótimo você estar satisfeito com a vida que esta levando. Não se sinta mal por isso. Agora se você não esta satisfeito, quer mudar e acha que sair da zona de conforta vai trazer felicidade, não tem outro jeito: você vai ter que dar o primeiro passo. Sair da zona de conforto é viajar? Decida o lugar. Segundo passo: compre a passagem. E vai seguindo cada passo de uma vez. Pode ter certeza que o primeiro passo vai ser o que vai precisar de mais coragem. O segundo passo vai ser puxado pelo primeiro, o terceiro pelo segundo. Quando você se der conta, já vai ter vivido experiências incríveis.

4-) Qual a diferença entre os cidadãos Europeus e os cidadão Latinos?
Os primeiros meses de mudança foram bem chatos, cheios de burocracia para resolver. Até comprar um chip de celular é mais demorado por causa da nacionalidade. Por ser brasileira eu teria que ficar 3 meses com um chip pré-pago para poder ter um pós-pago. Meu marido foi na mesma loja para resolver o problema e deu tudo certo no dia seguinte, pois ele tem a nacionalidade Suiça. Também tem o lado profissional. Diploma Europeu é reconhecido, o brasileiro não. Claro que depende da área, mas o Europeu sempre terá que fazer menos esforço. Ou eu falei tudo isso e na verdade você queria saber sobre a personalidade? hahaha. Ai eu respondo que não tem como quebrar estereótipo: Europeu é mais fechado. Latino é mais fácil para interagir e se divertir.

5-) Quais os seus maiores aprendizados nas entrevistas do Podcast O nome disso é mundo?
Se lembra no inicio da entrevista que eu falei da vantagem de viajar? Atualizar o seu limite? Você outra pessoa de cada viagem que você faz. Você vai conhecer pessoas, histórias, pontos de vista que vão mudar o seu limite, as suas ideias. O Podcast "O nome disso é mundo" faz você viajar sem sair de casa. Você vai ouvir histórias que vão acrescentar tanto na sua vida, te inspirar, te fazer evoluir. E isso eu acho simplesmente maravilhoso! Eu nunca volto a mesma de uma viagem e muitas vezes essa viagem aconteceu com um fone de ouvido e um microfone na sala da minha casa. A cada entrevista eu evoluo e só tenho a agradecer a cada participante e ouvinte.


 

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