Este é um Anime fantástico, mas ao mesmo tempo impactante. Quando comecei a assistir, eu achava que seria uma história de desastre que aos poucos iria sendo resolvida para no fim tudo terminar bem. Me enganei, pois o roteiro não brinca conosco, assim como também não força a barra para nos emocionar. As coisas simplesmente acontecem, e quando elas ocorrem, ela nos choca. Japão submerso é criado por Masaaki Yuasa, famoso por ter feito Devilman CryBaby. A trama nos mostra um terremoto no Japão que acaba trazendo uma tragédia no país. O Japão começa a afundar e a história foca em uma família lutando para sobreviver em meio a tanto sofrimento e catástrofe.
O Anime começa mostrando cada integrante da família lidando com o terremoto, até o momento que eles se encontram e acabam tendo que lidar juntos com a situação. Os personagens são bem interessantes, e o caráter e personalidade dos irmãos Ayumu e Gou acaba se desenvolvendo ao longo de tanto sofrimento que acabam enfrentando. Alguns personagens são adicionados ao longo da aventura, como o you tuber Kite e o jovem Koga. A seriedade do Anime é presente na história, com sangue sendo mostrado e mortes de fato acontecendo. Não existe uma musica para dar um clima, as percas acontecem de maneira inesperada, e a família tem que seguir em frente. Alguns reclamam de que os personagens não sentem as mortes, mas em um momento de sobrevivência não existe tempo para chorar. Esse dialogo existe entre Marie sua filha Ayumu, quando o pai da família acaba falecendo de maneira inesperada. Ao longo dos episódios vemos uma seita religiosa, onde vejo apenas como episódios que travam um pouco o ritmo do Anime.
Enquanto o país começa a se afundar e as coisas pioram, vemos momentos dramáticos onde alguns acabam tendo que se sacrificar pela sobrevivência dos outros. Um dos momentos mais intensos é quando Gou e Ayumu estão em meio ao mar naufragados, aprendendo a sobreviver sozinhos. Temos alguns momentos inexplicáveis, como arco do avô querendo resgatar uma criança que se parece com seu neto. Um ótimo momento é quando o grupo começa a cantar rap falando da situação atual e sobre os desastres que sempre acontecem no Japão. Aqui o roteiro toca no nacionalismo e a comparação com outros países, mostrando algumas características da sociedade japonesa. Em meio a uma crise acabamos vendo como as pessoas acabam demonstrando quem de fato elas são. Koga tem uma cena épica em meio ao mar para salvar um aparelho tecnológico. Mas meu personagem favorito é Kite, que faz de tudo para poder salvar a si e os outros. A conclusão é muito boa, mostrando como o Japão e a sociedade lidou com tudo isso. É uma mensagem querendo nos mostrar que o país sempre se recupera e ressurge melhor. Com uma trilha sonora bonita, apesar de alguns erros de continuidade , gosto da conclusão e de como é retratado uma catástrofe e os conflitos dos personagens em meio a tudo isso.
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