Os brasileiros sempre estiveram acostumados a terem bons pilotos representando o país pelo mundo, principalmente na categoria da Fórmula 1. Foi quando os Estados Unidos decidiram ter a sua própria competição do mesmo estio em seu país, criando assim a categoria Indy. Começando nos anos oitenta, as corridas eram realizadas em circuitos ovais, com os carros atingindo uma velocidade muito grande. O brasileiro Emerson Fittipaldi, já campeão na Fórmula 1, também levantou o troféu na Indy na década de oitenta. Muitos anos depois, em 2004, a Indy viu um piloto brasileiro vencer a categoria novamente, na última temporada em que as corridas foram realizadas nos circuitos ovais, já que no ano seguinte teria as corridas mistas acrescentadas na competição. Tony Kanaan foi campeão pilotando pela equipe Andretti-Green.
A disputa temporada seria entre a equipe Penske e a equipe Andretti-Green, que tinha no seu time quatro pilotos, entre eles o já citado Tony Kanaan. Apesar do motor Toyota e de sua força na Indy, a Penske venceu apenas duas provas, a primeira da temporada com Sam Hornish em Miami e na última com Hélio Castroneves no Texas. 2004 viu uma grande disputa, com muitos pilotos tendo a possibilidade de título, e o que pesou em favor de Tony foi a sua regularidade, já que ele completou todas as provas da temporada, sem quebrar em nenhuma corrida. O brasileiro foi o único piloto que fez isso naquele ano. Na primeira metade da temporada Buddy Rice e Tony Kanaan eram os mais regulares, com o americano vencendo no Kansas e o brasileiro terminando na primeira posição em Phoenix e na primeira etapa do Texas. No lendário circuito de Indianapolis tivemos uma corrida incrível, que acabou terminando antes por conta da chuva, com a vitória de Buddy Rice. Tony estava o perseguindo na segunda posição e tinha tudo para passa-lo e vencer, mas isso não aconteceu porque a prova terminou antes para evitar acidentes.
A Indy também teve uma corrida sendo realizada no Japão, mais precisamente no circuito oval de Motegi, que teve como vencedor o piloto inglês Dan Wheldon. Dirigindo a Penske, Hélio Castroneves teve boas corridas, chegando a liderar muitas delas, mas infelizmente não conseguiu concluir as boas provas com a primeira posição. Por outro lado, Tony se mantinha sempre na zona de pontuação do campeonato. Para termos uma ideia, Kanaan ficou na segunda colocação nas corridas realizadas em Motegi, Michigan, Firestone, Califórnia e Texas 2. Com tantos pontos conquistados o brasileiro disparou na primeira posição. Na reta final surgiu o piloto mexicano Adrián Fernandez, dirigindo pela equipe Aguri-Fernández. Adrián ficou em primeiro lugar em três provas e se ele tivesse entrado na Indy desde a primeira corrida seria um dos favoritos a ser campeão. Era nítido que a equipe Andretti-Green era muito unida, com todos comemorando a vitória uns dos outros. No final do campeonato, Tony terminou a temporada com 618 pontos, enquanto o segundo colocado Wheldon teve 533 pontos. O brasileiro Hélio Castroneves ficou em quarta, além de termos como destaque o jovem brasileiro Vitor Meira em oitavo. Tony Kanaan e seu carro verde ficaram na memória dos fãs da Fórmula Indy, em uma das temporadas mais regulares que um piloto já fez na categoria.
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