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O Colibri

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

A literatura italiana cresce cada vez mais, com obras muito bem produzidas, e uma delas foi escrita por Sandro Veronesi, com uma estrutura diferente do que estamos acostumados. Em "O Colibri", lançado em 2019, Veronesi não segue uma linha de narrativa comum, pois descreve cenas de seu protagonista em várias épocas, indo e voltando no tempo, seja através de histórias, ou também por cartas, emails e telefonemas, mostrando que é na vida comum e ordinária que as coisas acontecem. É assim que conhecemos a vida de Marco Carrera, um oftalmologista, que viveu muitos sofrimentos em sua vida, e por isso, ganha o apelido de Colibri, um pássaro, que aguenta firme as pressões e sofrimentos de sua existência.


Já no primeiro capitulo temos uma conversa entre Marco e o psiquiatra de sua esposa, o doutor Carradori, que diz que Marina não está bem, e que ela pode vir a ser perigosa. Sem entender muito bem o que está acontecendo, o leitor passa então a mergulhar na vida de Marco através de varias formas, e vemos o seu passado difícil, os principais momentos de sua vida e o seu final. Passamos a entender que Marco se casou com Marina, mas sempre amou Luisa, que era sua vizinha e o grande amor de sua vida. Apesar de varias chances, nunca ficaram juntos, levando Marco a se casar com Marina, com quem teve uma filha, uma menina, Adele. Na infância de Adele, la tinha um comportamento estranho, de achar que estava presa a um fio, limitando assim seus movimentos. Foi através do amor e da presença d seu pai que ela foi vencendo essa limitação. Por outro lado, Marina foi piorando psicologicamente, chegando um ponto em que eles se separaram e ela foi morar com outro homem na Alemanha, com quem teve outra filha, chamada Greta. Por cartas, vemos que Marco tem um relacionamento frio com seu irmão Giacomo, que decidiu morar nos Estados Unidos. Eles falam muito sobre a casa deixada pelos pais.

 Aos poucos conhecemos o duro passado de Marco, como por exemplo como ele teve que lidar com o suicídio de sua irmã Irene, se culpando pelo ocorrido, já que uma vez ele conseguiu impedi-la de cometer o ato. Também sabemos que Giacomo sempre foi apaixonado por Luisa e isso causou o afastamento deles, além de Marco ter dito que a culpa pela morte de Irene foi dele. O grande sofrimento de Marco acabou sendo quando Adele acabou morrendo em um acidente nos Alpes, e o que o manteve firme foi sua neta, Miraijin, que sempre foi para ele a esperança para o novo mundo. Marco a criou, educou e viu ela crescer sendo muito inteligente e sendo ótima em copiar habilidades de todas as áreas. Marco ainda viu sua mãe e seu pai lidarem com a doença e morrerem. Em uma das cartas, Luisa diz que Marco é o Colibri, uma pessoa que consegue lidar com as pressões e dores que a vida lhe deu. Marco passou anos jogando tênis e em jogos com Dani Tamburini, que teve muita inveja por ver Carrera sempre ganhar. O final do livro nos mostra Marco com setenta anos e doente, então ele reúne as pessoas principais de sua vida, para assistir sua eutanásia. Ele se despede formalmente de Marina, Greta, Giacomo, Carradori e de sua amada Luisa, que lhe da um grande beijo na boca de adeus. Vemos assim o final da vida de Marco, que viveu a vida comum, experimentou as dores e as alegrias da existência humana, terminando o seu cilo nessa Terra.

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