Um ano depois da conquista do Mundial de clubes do São Paulo, o time tricolor paulista estava novamente pronto para mais uma disputa contra outro clube europeu. Conquistando a Libertadores da América novamente, o São Paulo ganhou a chance de jogar novamente no Japão, no estádio olímpico de Tóquio, mas dessa vez, iria enfrentar o Milan, treinado pelo italiano Fabio Capello. Com um meio campo leve e de bom toque de bola, os italianos eram um grande desafio aos brasileiros. Nesse novo ano, o São Paulo já não tinha mais o camisa dez Raí, que havia sido vendido para o PSG. Ainda assim, o time de Tele Santana apresentava um excelente futebol.
O time brasileiro contava com ótimos nomes no elenco, como os atacantes Palhinha e Muller, e o meio campista Toninho Cerezo, além de um jovem e muito habilidoso lateral direito, Cafu. No banco de reservas mais um garoto pedia passagem e a cada partida que entravam colocava fogo no jogo. Estou falando de Juninho, que era um décimo segundo jogador para a equipe. Enquanto Milan mostrava uma ótima solidez, o São Paulo tinha uma rotação de jogo diferente, com um toque de bola envolvente, em que não víamos um atleta dar mais de dois toques na bola. Massaro ainda acertou uma bola na trave para assustar os são paulinos. Cafu sem dúvidas era o diferente entre todos naquele momento, aplicando dribles, correndo pelo corredor e sempre construindo uma jogada ofensiva. Quando o São Paulo teve o primeiro acerto de toques, conseguiu marcar um gol, com Cafu cruzando rasteiro para Palhinha chutar e balançar as redes.
No segundo tempo vimos um Milan que buscava arriscar um pouco mais, pressionando o time brasileiro. O gol de empate veio de um erro da zaga tricolor, já que veio de uma cobrança de lateral, que fez com que a bola sobrasse para Massaro bater de chapa e empatar. A partida ficou perigosa e aberta, e o Milan demonstrou superioridade. Leonardo, que também fazia ótima apresentação, estava sempre cadenciando ou acelerando as jogadas, fez um cruzamento rasteiro que encontrou Toninho Cerezo, que empurrou para o gol, colocando para fora a frustração pela Copa de 1982, ao fazer um gol contra uma equipe italiana. Por mais que o Milan atacava, só conseguiu balançar as redes em erros de zaga brasileira, então em mais um erro, Papin empatou novamente, agora de cabeça. Quando o jogo estava na reta final, faltando menos de cinco minutos para terminar, Muller apareceu. O atacante não estava bem, estando muito marcado e com poucas jogadas na partida. Mas aproveitando uma dividida, a bola rebateu nele e entrou para o gol, dando assim o título para o São Paulo. A comemoração foi inesquecível, com Muller gritando na cara do lateral Costacurta. O time tricolor conquistava o mundo pela segunda vez de sua história.


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