Uma das melhores séries que já assisti tem muito a ver com o que estudei por quatro anos na faculdade. Talvez, se não tivesse feito esse curso, jamais teria assistido Mad Men, um seriado sensacional que narra a trajetórias dos publicitários norte-americanos nos anos dourados dessa profissão em Nova Iorque. O protagonista, Don Draper, é um cara talentoso, mulherengo e muitas vezes machista, conceitos que eram muito comuns naqueles anos. Acompanhamos assim a rotina dentro da agência Sterling Cooper, e as loucuras do seu dia a dia, para entregar aos clientes as melhores campanhas, enquanto precisam lidar com seus próprios dramas.
Don é diretor de criação da agência e conhecido como o cara mais habilidoso e criativo. Se ele fala ou cria algo, geralmente os clientes vão gostar, apesar de terem que lidar muitas vezes com seu jeito de ser provocativo. A série nos transporta para os anos sessenta, tanto através de roupas e mobílias como também por conta do excesso de bebidas e cigarros a cada novo episódio. O primeiro capitulo é sensacional, com Don tendo que criar uma peça publicitária para a marca de cigarros Lucky Strike. Enquanto isso, Don também lida com crises no casamento com sua esposa Betty. A agencia se agita com a chegada da jovem Peggy, que passa a fazer parte da equipe de Don, sendo muito talentosa. Pete também trabalha na agência, sendo um cara ambicioso, acaba se interessando por Peggy, mas se casa com uma mulher rica, chamada Trudy. Mesmo com Don tentando esconder seu passado, surge um homem que relembra dele e dos tempos de guerra do protagonista.
O ponto central acaba sendo nesse complexo entre passado e presente na vida de Don, ainda mais quando seu irmão Adam chega na cidade, após Don ganhar um prêmio da indústria publicitária, revelando que Draper era um homem pobre no passado, e não esse homem bem sucedido dos dias atuais. Pete tenta impressionar Trudy, buscando mostrar que é uma pessoa bem sucedida. Temos outros personagens, como o dono da agência, Roger, que tem um caso com a secretária ruiva, chamada Joan. Para salvar seu casamento, Don viaja com Betty, mas os conflitos entre eles por conta de segredos do marido continua. Peggy começa a se destacar na agência, enquanto também vive uma vida pessoal difícil. Em um trabalho para promover o turismo em Israel, Don chama ajuda de Rachel. O seriado acompanha acontecimentos reais, como a disputa presidencial entre Kennedy e Nixon. O último episódio é sensacional, em que Don cria uma peça para a Kodak, ao falar sobre um carrossel de memórias através das fotos. Isso o toca, o fazendo correr para Betty e seus filhos. O problema é que ele encontra a casa vazia e sofre com sua solidão interna. A mensagem é que apesar de seu talento e criatividade, Don vive uma vida sozinho, mesmo com sucesso profissional.
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