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A história da Folha de São Paulo

domingo, 4 de maio de 2025

Em um mundo onde a informação surge rápido, em que sabemos tudo a partir de um clique, houve uma época em que as noticias do mundo inteiro chegavam através das folhas de um jornal. Assinaturas, cadernos, e tantas outras nomenclaturas faziam parte dos leitores, e talvez isso seja muito estranho aos mais jovens. Dentre os mais diversos jornais lançados no Brasil, um dos mais antigos e famosos é a Folha de São Paulo, hoje muito mais conhecido apenas pelo nome de Folha. Esse periódico é o segundo jornal de maior circulação no país, tendo sido participativo nas principais noticias do Brasil e do mundo. A Folha é um jornal centenário, e através desse texto iremos conhecer mais sobre a sua história.


Tudo começou em 1921, quando os jornalistas Olival Costa e Pedro Cunha fundaram um jornal com o nome de Folha da noite, sendo um jornal vespertino, que trazia textos curtos e claros de uma forma mais opinativa. A ideia era combater um outro periódico da cidade, o "Estado de São Paulo". O sucesso da Folha foi rápido e assim em 1925 era lançado o "Folha da manhã", que diferente do primeiro, era uma produção matutina. De inicio o jornal criticava os partidos republicanos, inclusive Getúlio Vargas. Com isso, o primeiro conflito da Folha aconteceu quando a sua sede recebeu predadas, após vitória de Getúlio Vargas e os varguistas em 1930. Com isso, Olival Costa vendeu a Folha para Octaviano Alves de Lima, que combateu fortemente o governo Vargas. A Folha passava por mais uma mudança de donos, vindo a ser do fazendeiro Alcides Ribeiro Meireles e do advogado Nabantino Ramos. Em 1953 foi construída a sede que existe até hoje, localizada na Alameda Barão de Limeira. Todos os jornais secundários da Folha foram unificados em 1960, tendo assim o título do qual conhecemos até hoje, sendo chamada de "Folha de S. Paulo."

Após uma greve de jornalistas, os custos do jornal ficaram altos, e assim tivemos a última troca de donos, pois em 1962 o jornal foi vendido para os empresários Octavio Frias e Carlos Caldeira Filho. Podemos dizer que eles trouxeram o modelo do jornal do qual conhecemos hoje, passando por diversos momentos críticos do Brasil, começando pela Ditadura militar, da qual a Folha é acusada de ter colaborado com a Ditadura no país, emprestando até mesmo carros para os militares prenderem esquerdistas. Octavio Frias dizia que se houve alguma ajuda, foi sem o seu conhecimento. Frias acreditava na filosofia isenta e pluralista, capaz de oferecer o mais amplo leque de visão sobre os fatos. Em 1984, a redação foi assumida por Otavio Frias Filho, que sistematizou e desenvolveu as experiências do jornal na época da Diretas Já, e em 1986 a Folha tornou-se o jornal de maior circulação no país, vindo a perder o posto apenas em 2021, quando "O Globo" assumiu o primeiro lugar. A Folha foi pioneira em diversos momentos, teve sempre um leque de jornalistas e colunistas muito bons, prezando pela boa escrita e jornalismo sério. O periódico também alcançou leitores na internet, mas ainda assim tem uma grande leva de leitores que gostam do bom e velho jornal de papel. Não tem como falar de jornalismo nacional, sem citar a Folha de São Paulo.

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