Clarice Falcão é uma artista de vária áreas de atuação, sendo uma excelente atriz, assim como se mostra nesse álbum, uma ótima cantora. Usando de sua personalidade, podemos ver lindas melodias em suas letras que misturam o romance e a comédia, fazendo com que tudo vire uma grande comédia romântica através dessa produção. Vindo de uma família de artistas e conhecida nas redes sociais, Clarice canta no estilo folk/pop, em um disco que traz uma linha narrativa única, em que tudo parece uma grande história de amor, ou ao menos, um amor dramático. Com uma sonoridade doce, temos muita voz e violão e músicas que nos trazem um leve sorriso no rosto.
Tudo começa com "Esqueci você", que é cheia de ironias, pois ela fala que esqueceu o seu amor, mas ao mesmo tempo mostra que na verdade ela queria ele do seu lado. A jornada musical e hilária segue com "Macaé", mostrando o quanto uma mulher apaixonada pode ser louca e obsessiva, ao dizer que seu namorado soubesse disso, a largaria. Com o passar das músicas percebemos os dramas de um jovem adulto e como ele lida com o amor em sua vida. Ou como canta Clarice, pelo menos tenta antes que venha a surtar. "Monomania" tem uma melodia linda, sendo uma homenagem para aquele que ela ama, e então ela traz outra ironia, ao se perguntar quem compraria um disco sobre uma pessoa só, sendo exatamente a proposta da cantora nesse álbum. "Um só" é mais intimista, ao dizer que não consegue viver sem o seu amor, com uma composição contendo apenas voz e violão. Em "Fred Astaire" temos uma música mais dançante, fazendo uma metáfora entre o romance e um filme de amor.
Clarice se abre mais ao cantar "Talvez", falando sobre suas atitudes e seu estilo louca. Uma das minhas músicas favoritas se chama "De todos os loucos do mundo", em que a vocalista canta que escolheu o seu namorado por ele ser louco como ela, pela loucura dele se parecer um pouco com a dela. O intimismo retorna com "Qualquer negócio", de apenas voz e violão e uma declaração de amor por parte de Clarice. Outra canção famosa é "Eu me lembro", que Clarice canta em parceria com o cantor chamado Jão. A letra é um storytelling com o casal contando como se conheceram, porém, eles acabam errando datas e tendo visões diferentes de todos os acontecimentos. Ela busca mostrar com isso, que todos os relacionamentos possuem os seus problemas. "O que eu bebi" é um devaneio em que ela canta sobre amores e bebidas. Com um estilo marchinha, temos "A gente voltou", que é um anúncio bem humorado do retorno do namoro do casal, como se todo mundo tivesse que comemorar junto. "Oitavo andar" também foi um hit, que fala com bom humor sobre uma tragédia de amor. O disco se encerra com uma versão e inglês da música "Fred Aistaire"


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