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O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Retornamos para o mundo dos escritos do escritor japonês Haruki Murakami, em uma história que toca em assuntos importantes como amizade, sentimentos e as relações humanas. Claro que todos os componentes dos livros de Murakami estão aqui, com o realismo mágico estando presente dentro da trama, mesmo que não caminhe junto com a história principal. O protagonista se chama Tsukuru Tazaki, um homem que vive muitos anos sozinho em Tóquio, mas carrega um vazio referente ao seu passado, quando fazia parte de um grupo de amigos e sua cidade natal, mas que teve o seu elo quebrado de forma repentina, com ele sendo deixado de fora, achando que sua vida era comum e incolor, e que nada ele poderia vir a agregar na vida das pessoas.


Quando Tsukuru começa a ter um relacionamento com uma garota chamada Sara, ele acaba lhe contando sobre o seu passado, dizendo que seus amigos possuíam uma cor em seus nomes, e que cada um deles tinha algo especial, mas ele, se sentia fora da conexão, apesar de ter encontrado seu lugar entre eles. Sara o impele a resolver o seu passado, dizendo para ele retornar para a sua cidade e concluir o seu passado. Acho interessante esse grupo de amigos, que nos leva a pensar em nossos grupos de amizade e no elo que os liga. Quantos de nós perdemos esse grupo e nunca mais nos encaixamos nos novos relacionamentos? Enquanto temos essa trama principal, Murakami vai nos apresentando mais sobre a vida de Tsukuru, que conta como chegou em Tóquio e como se estabeleceu no seu apartamento e começou a trabalhar na construção de estação de ferrovias. Em meio a isso, teve uma amizade com Haida, um jovem que gostava de nadar e ouvir música, mas que tempos depois sumiu de forma repentina, levando Tsukuru a pensar que realmente é alguém incolor. O interessante é que Haida conta sobre o seu pai ecoo encontrou uma pessoa que tinha o poder de trocar tempo de vida com outro.

Tsukuru começa a sua jornada voltando para Nagoia, para conversar com seus antigos amigos. Ao falar primeiro com Azul, vê que ele hoje vende carros e lhe conta que todos se afastaram de Tsukuru porque Branca disse que tinha sido estuprada por ele. Tsukuru fica horrorizado e ao falar com Vermelho, vê que os amigos não acreditaram, mas que tiveram que ficar do lado da garota. Sara acabou contando que Branca estava morta de forma misteriosa em outra cidade. Tsukuru começa a pensar se em alguma realidade esse fato de estupro realmente aconteceu. Por fim, Tsukuru resolve seu passado quando vai para a fria Finlândia conversar com Preta. Temos um longo diálogo entre eles, e ambos conseguem concluir o passado, com Preta dizendo que amava Tsukuru e que ele não é incolor. Ela também sabia que o amigo não havia feito algo tão horrível com Branca. O longo abraço entre eles é uma cura do passado. Interessante é que fica claro que aquilo que vivemos no passado não pode mais ser revivido. De volta ao Japão, Tsukuru precisa se resolver sobre Sara, ainda mais após ter visto ela com um homem mais velho estando feliz. O livro conclui com Sara dizendo que irá resolver tudo, mas Tsukuru ansioso já sabe o que quer. Ele quer Sara. O telefone toca, ele não atende. Seria Sara querendo dizer que o ama? Tsukuru já não precisa mais saber disso, pois percebeu que possui sua própria cor.

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