Gabriel Medina é um surfista fora de série, com um talento puro, fazendo parecer que surfar e aplicar as manobras são algo fácil de fazer. O brasileiro já havia vencido o campeonato mundial em 2014 e depois em 2018, mas ainda assim existem pessoas que o criticam. Medina me parece um tipo de Neymar no meio do Surfe, onde apesar de muito talento e conquistas, acaba sendo criticado pelos mais variados assuntos. Gabriel já foi criticado por conta de seu relacionamento com Yasmin Brunet, por conta de Vacinas, pelo fato de não criticar Bolsonaro e até mesmo por não ter ganho uma medalha olímpica em Tóquio. O título desse ano traz um sabor diferente, depois de tantas criticas que o surfista teve que enfrentar.
Gabriel poderia já ter ganho um título novamente em 2020, onde estava indo bem, mas a crise da Covid cancelou o circuito mundial. Mas em seu retorno, Medina mostrou que era diferente dos adversários, possuindo um talento raro conquistou três etapas do circuito, além de ficar em segundo em outras etapas. No meio do caminho ouve a decepção olímpica, mas tudo bem, já que no Mundial ele estava em uma colocação muito boa. A forma de disputa mudou este ano, onde a última etapa é o WSL Finals, onde em um torneio curto e eliminatório Medina teria que apenas esperar o adversário na final em uma disputa de no máximo três baterias. O Brasil chegou bem representado, com a conhecida Brazilian Storm, composta por talentosos surfistas de nosso país. Filipe Toledo, um dos favoritos venceu na semi final o compatriota Ítalo Ferreira, atual campeão olímpico. Sendo assim, a final seria entre Gabriel Medina e Felipe Toledo, muito querido pelo público.
A final foi sensacional, com Toledo saindo na frente com uma boa manobra. Foi neste momento que Gabriel começou a mostrar que queria muito vencer, realizando uma manobra sensacional com nota 9.0, confirmando assim a vitória na primeira bateria. Na segunda etapa da disputa o embate entre os dois chegou até mesmo a ser paralisada por conta de Tubarão no mar. No retorno, vimos um Felipe mais nervoso, errando mais, apesar de boas manobras. Medina estava em uma tarde inspirada e novamente conseguiu mais uma nota 9.00. No final, Filipe reconheceu a derrota e abraçou o compatriota. Medina ainda na água chorou na entrevista. O brasileiro se torna tri campeão mundial, estabelecendo o seu nome como o melhor da atual geração, e o maior brasileiro do esporte aquático. Ainda jovem, Medina tem muito a produzir e conquistar, sendo que os seus maiores rivais segue sendo os brasileiros. Temos tudo para vermos nos próximos anos grandes disputadas entre os brasileiros no circuito mundial.
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