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As metáforas de Meu vizinho Totoro

terça-feira, 14 de setembro de 2021

O Estúdio Ghibli hoje em dia é muito conhecido, ganhador de prêmios por diversas animações de sucesso como Viagem de Chichiro e Princesa Mononoke. Mas em 1988 o Estúdio estava ainda nos seus primeiros anos no mercado de animações, e assim lançou um anime que apesar de ser em desenho e possuir um formato bonito, traz mensagens muito profundas dentro do seu roteiro. A direção de Totoro foi com o comando da lenda japonesa Hayao Miyazaki, que trouxe até mesmo algumas pitada da realidade de sua vida. O diretor sempre acreditou que as animações poderiam trazer lindas mensagens, sem precisar de sangue ou apelações para isso, E sim, em Meu vizinho Totoro ele faz um ótimo trabalho.


A trama mostra as irmãs Satsuki e Mei indo morar no interior do Japão com o pai, para poderem ficar mais perto do hospital onde a mãe esta internada. Ao chegarem no local as duas percebem que conseguem enxergar criaturas mágicas que apenas elas conseguem ver. Com o passar da história elas começam a descobrir um outro mundo, que caminha junto com o real, mas ninguém enxerga. Temos cenas memoráveis onde as criaturas não se importam das crianças perceberem o mundo deles. A cena mais clássica é quando as irmãs estão na chuva esperando o ônibus do pai, e acabam encontrando Totoro, que também espera o seu ônibus mágico. Mas aqui temos uma metáfora. Seria esse mundo mágico uma fuga de Satsuki e Mei? Já que com a mãe doente e o pai trabalhando muito, as duas acabam não tendo atenção dos pais, e acabam vivendo essa fantasia junto com Totoro.

O diretor Hayao Miyazaki teve uma infância complicada, onde sua mãe também teve uma fase onde ficou enferma. Talvez as protagonistas da animação apenas refletem um mundo que o próprio Miyazaki criou quando era pequeno. O amor também é bem representado, onde vemos um pai que faz de tudo pelo bem das filhas e também da esposa, buscando estar perto dela. É muito bonito a cena onde vemos o pai levando as filhas de bicicleta em meio a plantação de arroz. O gráfico da produção é muito bonito, tudo bem desenhado nos mínimos detalhes. Olha que estamos falando dos anos oitenta, trazendo ainda mais méritos a Miyazaki e sua equipe. A trama traz momentos dramáticos, pois não sabemos se a mãe irá sobreviver, além de vermos Mei desaparecendo. É então que novamente o real e o fantástico se une novamente, com Satsuki tendo a ajuda de Totoro para achar a irmã. Sim, Meu vizinho Totoro possui muitos elementos de realismo mágico, e com um ótimo roteiro se torna um clássico da animação.

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