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Desigualdade social em 3%

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

O Brasil mostrou para o mundo que sabe fazer ótimas séries, e para fortalecer o país, mostra que sabe fazer também seriados de ficção cientifica e futurística, algo que era restrito apenas aos americanos. É  globalização amigos, que traz tecnologias e roteiros excelentes ao redor do mundo, ainda mais por conta do pesado investimento da Netflix. 3% é a história nacional que teve quatro temporadas e acabou levantando questões importantes dentro da sociedade. Quem nunca parou para observar quantas injustiças e desigualdades existem no mundo, ainda mais aqui no Brasil. Esse é o tema central da história do seriado.


A trama nos apresenta um mundo distópico, onde vemos que a situação daquele lugar não está boa para todas as pessoas. Alguns estão em uma posição boa, vivendo em um lugar chamado de Maralto, onde existe muita tecnologia, boa comida e condições para se viver. O problema é que apenas 3% da população pode morar neste lugar, pois o restante é obrigado a viver no continente mais pobre, sendo obrigados até mesmo a situações precárias, com pouca comida, roupas sujas e saúde ruim. Parece com a nossa sociedade de hoje? Sim, aqui mesmo em São Paulo é uma situação muito clara de vermos, onde temos um bairro nobre do lado de uma favela gigante. Uma pertinho da outra. Os moradores dos prédios ricos conseguem da janela enxergar as simples casas da comunidade mais pobre. Esse é o tema central discutido em 3%. Com a esperança de uma vida melhor, é criado um jogo onde a população pode participar apenas uma vez na vida, buscando selecionar os melhores para irem morar no Maralto. Surge assim conspirações, dramas e esforço por um lugar em uma posição melhor.

O seriado teve quatro temporadas, com altos e baixos, mas no fim consegue terminar com um saldo bastante positivo, chegando a ter grande audiência fora do país. O roteiro é muito bom e o elenco escalado mescla nomes conhecidos com novatos talentosos. A trama se concentra em Michele, que quer entrar no Maralto de forma justa, mas no decorrer da série descobrimos que ela faz parte de uma conspiração para derrubar o continente rico, junto com o jovem Rafael. Gosto muito da primeira temporada, que nos mostra jogos interessantes e situações de suspense para que os competidores conseguirem avançar na disputa. Cada personagem possui riqueza em sua composição, com um pano de fundo bem apresentado, onde cada um tem seu tempo em tela para mostrar seus dramas. O seriado nos traz discussões religiosas, fala de tecnologias e de desigualdade, sendo que um dos personagens é um cadeirante. Além disso, somos levados a conhecer toda a origem da criação desse contexto social e os motivos das brigas conspiratórias por igualdade. Enfim, 3% surpreende e cumpre bem seu papel.

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