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Clube da esquina

sábado, 29 de novembro de 2025

Um dos movimentos mais importantes da música brasileira surgiu em Minas Gerais nos anos setenta, formado por um grupo de amigos que tinham algumas coisas em comum, como a paixão pela música e a luta contra a Ditadura militar. A única forma que eles viram de lutar contra a opressão era através da arte, e com letras que escondiam suas verdadeiras intenções, tínhamos Milton Nascimento, Lô Borges e Beto Guedes cantando. Além deles, faziam parte também como letristas grandes nomes, como Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Toninho Horta e Wagner Tiso. O lançamento foi um disco duplo, com grandes sucessos da música brasileira.


A história nos conta que os irmãos Lô Borges e Marcio conheceram Milton Nascimento, e se encantaram com a forma que ele cantava e tocava violão, e o manifesto se transformou em arte, influenciando grandes nomes que viriam nos anos seguintes. As canções traziam também várias misturas de sonoridades, como a MPB, o Jazz, a Bossa nova e a música mineira. A primeira música era "Tudo o que você podia ser", que tem um arranjo e melodia muito bonita, com a letra falando sobre expectativas e sonhos de se alcançar algo no futuro. "Cais" é cantada por Milton Nascimento, falando a respeito de se desprender de onde está para ir a outro lugar. Lô Borges canta "Trem azul", um grande sucesso, imaginando o trem como um cenário para a fuga, em uma viagem para um mundo melhor. A canção "Saídas e bandeiras 1" é em estilo tropicalia. As metáforas contra a ditadura seguiram com "Nuvem cigana", com a letra incentivando as pessoas a viverem uma vida sem medo. Cantada na língua espanhola temos "Dos cruces". A música "Clube da esquina 2" é totalmente instrumental, com uma melodia linda, que só veio a ganhar uma letra anos mais tarde com Nana Caymmi.

Uma outra música muito bonita do disco é "Um girassol da cor do seu cabelo", cantada por Lô Borges, que fala tanto sobre relacionamentos amorosos como também sobre uma idealização da juventude. Milton Nascimento interpreta muitas canções bastante intimistas, como por exemplo "Os povos" e "Um gosto do sol". A canção "Me deixa em paz" é muito boa, ao falar a respeito de um relacionamento que não deu certo. A minha canção favorita do álbum é "Paisagem da janela", canada por Lô Borges e Fernando Brant, que possui metáforas para falar a respeito da liberdade na sociedade e incitando as pessoas ara a participação social. Uma canção que reflete claramente o desejo por mudanças é "Trem de doido", que nos traz solos de guitarra muito bons. Além disso, usa de metáforas para falar contra a ditadura militar. O disco se encerra com "Nada será como antes", que é claramente uma letra sobre esperança e mudanças, ao falar que em breve haveria mudanças e as coisas ficariam melhores. Com canções clássicas e um trabalho muito bem feito, o Clube da esquina é uma grande herança de boas cançõs e letras inteligentes, em uma época de muita repressão.

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