Houve um tempo em que a América do sul sofreu bastante com o comando dos militares em diversos países, gerando uma onda de violência, mortes e opressão contra a população. Assim como o Brasil, um outro país Sul-Americano que viveu anos de ditadura acabou sendo a nossa vizinha Argentina. Começando em 1976, a ditadura argentina terminou apenas em 1983, sendo uma das ditaduras mais sangrentas da América Latina. Tudo começou com um golpe de Estado, que teve apoio dos Estados Unidos, e foi marcada pela violação dos direitos humanos, com muita censura, repressão política e econômica.
Precisamos lembrar que a Argentina passou por diversas ditaduras em sua história, sendo a última e crucial delas em 1976, com um golpe de Estado que ocorreu no dia 24 de março de 1976, quando a atual presidente, Isabelita Perón foi deposta do seu cargo. Entrou assim em cena um período que foi chamado de "Processo de reorganização nacional", que era uma junta militar, composta pelas forças armadas, ou seja, o exército, marinha e aeronáutica. A partir de então começou em nosso vizinho um regime pautado na desindustrialização, no endividamento externo, com um poder centrado apenas nas mãos dos militares. Além do ditador Jorge Rafael Videla, outros generais também participaram do governo, como Roberto Eduardo Viola, Leopoldo Galtieri e Reynado Bignone. A ditadura acabou sendo tão violenta que estima-se que mais de 30 mil pessoas morreram durante esse período, com muitos colocados como desaparecidos, já que o governo dizia que você não presta conta para esse tipo de situações. Infelizmente aquelas décadas eram complicadas na Argentina, que já havia sofrido uma intervenção militar na década de 30, uma revolução argentina em 1966, para chegarmos no ano que estamos falando aqui no texto.
Quando as coisas pareciam certas e turbulências estavam abafadas, em 1973 Juan Domingo Perón retomava o poder do país, mas a sua morte no ano seguinte levou a Argentina a viver catástrofes financeiras, e nenhuma mudança econômica surtia efeito. Foi nesse cenário que os militares decidiram assumir o comando. O discurso militar era de garantir a ordem, e combater assim o populismo. Com muita violência, os militares chegaram até mesmo a criar campos de concentração no país com o intuito de exterminar pessoas que eram contra o governo. Guerrilheiros, intelectuais, estudantes e sindicalistas tentavam combater a opressão, mas os militares matavam sem nenhum remorso. Um outro movimento importante foi o do direitos humanos, através da Mães da praça de maio, que protestavam por conta de suas crianças desaparecidas, com muitos nascidos em campos de concentração e dadas a famílias dos militares. O governo militar não solucionou os problemas na Argentina, além de piorar o modo que a população vivia. Surgia assim a ação politica Multipartidária, querendo o retorno da democracia ao país. Em meio a isso, a Argentina entrou em uma guerra sem fundamento contra a Inglaterra pelas Ilhas Malvinas. Raul Ricardo Alfonsín assumiu a presidência em 1983 e a Argentina não deixou as coisas no escuro, levando a julgamento aqueles que causaram mortes e violência durante a Ditadura militar, com Videla sendo condenado a prisão perpétua.


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