Para quem vem acompanhando a banda Maglore, consegue notar o quanto eles foram se transformando em cada álbum, passando do rock com refrãos grudentos, para a brasilidade de letras e canções nas composições do segundo disco. Agora, com o lançamento de sua terceira produção sonográfica, vemos a banda solidificando este estilo de som, conseguindo misturar o Rock, Pop e principalmente o estilo MPB, que vem crescendo a cada novo lançamento. O Maglore passou a ser também um trio, com Teago Oliveira seguindo como vocalista e principal compositor. Nesse novo disco o Maglore ultrapassou o limite underground, tendo uma de suas canções tocando até na série "Malhação".
Cada letra nas canções desse disco é um convite para uma história e para uma corrente de emoções, algo que as melodias conseguem nos passar muito bem. O álbum abre com "O Sol chegou", que traz experimentações, mas mostra que o Maglore assumiu de vez a brasilidade em suas músicas, tanto que não vemos aquela pega de rock e guitarras em nenhuma música desse terceiro lançamento. "Se você fosse minha" é um single ótimo, sendo um destaque positivo, uma das mais tocadas da banda. A letra faz diversas junções e conexões de frases, falando sobre o desejo de ter a pessoa amada ao seu lado. Outra canção muito boa se chama "Invejosa", falando sobre força e perseverança, no maior estilo MPB. Em "Mantra", Teago canta a respeito de sempre ser uma pessoa inteira, nunca pela metade, sendo bem gostosa de ouvir, ao dizer que tudo vai passar. Após as primeiras canções desse disco, já estamos conectados com a proposta do Maglore.
Finalmente chegamos na música "Ai, ai", que foi parar na trilha sonora do seriado global, Malhação. Ela é muito boa, um single que fez muito sucesso, com a letra falando que não devemos ter pressa para viver um grande amor. Quem quebra o ritmo do disco com uma música diferente e mais intimista é "Serena noche", sendo mais cheias de experimentações. "Dança diferente" é mais agitada e animada, falando sobre lidar com os problemas da vida. Gosto muito da música "Aconteceu", que trata sobre o assunto daquele amor que bate de repente e nos alcança, ou seja, ele simplesmente acontece. A trinca final é com "Tudo de novo", novamente mais intimista, "Café com pão" traz uma ótima letra, e por fim temos "Vampiro da rua XV", que serve como um storytelling, algo novo para o Maglore. Sem dúvidas, esse disco da banda baiana é o melhor até aqui, passeando por ritmos e sons, causando boas emoções nos seus ouvintes, onde eles de forma sólida definem o estilo de som que querem fazer, algo que podemos chamar de Rock/MPB
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