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Triste fim de Policarpo Quaresma

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Essa obra nacional é um clássico de nossa literatura, sendo escrito por Lima Barreto, que publicou a história em diversos folhetins ao longo de 1911. Foi apenas em 1915 que o livro foi publicado como uma obra fechada e completa. Ao lermos essa obra, podemos ter um retrato da sociedade brasileira daqueles anos, com a sua maior critica sendo apontada para a politica nacional. O protagonista da trama é uma pessoa nacionalista, e ao longo das páginas temos diversas menções a fatos históricos do Brasil, como por exemplo a guerra do Paraguai, a revolta armada e a revolução federalista. Lima Barreto anuncia situações que nosso país viveu e vive até os dias de hoje, como a injustiça social, a burocracia e os interesses pessoais e políticos.


Tudo gira em volta do funcionário público Policarpo Quaresma, que tem como alvo valorizar a cultura do nosso país. Tudo se passa no século XIX, na cidade do Rio de janeiro, que era a capital do Brasil no inicio do século passado. Quaresma acaba sendo o subsecretário do ministro da guerra e uma das suas ações é propor ao ministro o reconhecimento da língua Tupi como a língua nacional. Policarpo é um brasileiro nato e busca ir até as raízes para trazer para o Brasil o verdadeiro nacionalismo, propondo que os índios sejam declarados como os verdadeiros brasileiros. Com tanta obsessão e opiniões fortes, Policarpo acaba sendo declarado como louco, sendo internado por um longo período de tempo. Poucas pessoas acreditam nas ideias dele, como por exemplo Olga e Ricardo Coração dos outros. São os únicos que visitam o protagonista da história, que segue cegamente acreditando em um Brasil verdadeiro, tendo dificuldades para aceitar as coisas como de fato são. A escrita de Lima Barreto é muito boa, e de maneira leve conseguimos percorrer a trama apresentada por ele.

Após sair do hospital psiquiátrico, Policarpo decide finalmente se afastar da cidade grande e do nacionalismo, indo então morar em um sitio, no interior de Curuzu, que ficou conhecido como o sítio do sossego. Policarpo é um homem inquieto, e mesmo nesse interior começa a se associar e conhecer muitas pessoas, principalmente os políticos, buscando se dedicar a agricultura. A vida politica volta a ser o que impulsiona Policarpo a novamente se envolver nas questões que envolvem a sociedade brasileira, que acaba sendo o momento onde a história verdadeira entra dentro da ficção. Policarpo acaba indo para o Rio de janeiro para apoiar o governo do Marechal Floriano, durante a revolta armada. Policarpo acaba sendo preso defendendo o politico, que estava lutando na época contra a Marinha brasileira. O final do livro é de se refletir, mostrando que não vale a pena ficar brigando por causa de nenhum politico. Policarpo fica desiludido com a falta de patriotismo do povo e começa a achar o presidente do país uma pessoa totalitária e um cruel ditador. Marechal Floriano prende Policarpo por traição, o levando para um fuzilamento. Assim acaba terminando a vida de Policarpo Quaresma, que ao invés de ter ficado quieto vivendo sua vida, se envolveu com os políticos brasileiros.

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