Em meio a Pandemia da Covid-19 muita coisa foi dita, muitas coisas aconteceram, opiniões foram dadas e por fim lados foram escolhidos. Não é incomum vermos muitas pessoas dizendo que não irão se vacinar, dizendo não serem cobaias ou algo parecido. Na outra ponta temos pessoas falando que é importante se vacinar, protegendo a si mesmo e os outros ao redor. Essas discussões calorosas acontecem no mercado de trabalho, em escolas e em qualquer lugar, chegando também no meio de pessoas influentes. No esporte dois casos nos chamam a atenção. Do tenista Novak Djokovic e do jogador de basquete Kyrie Irving, que se recusam a se vacinar. Eles são coerentes ou loucos?
Ambos atletas não estão se importando com as consequências de suas escolhas, mesmo que percam momentos importante na temporada e na carreira. Djokovic por exemplo nunca escondeu ser um anti vacina, se recusando a colocar qualquer componente químico no seu corpo. Criticado por muitos, ele nunca recuou nas suas falas, mas as coisas pioraram através do Covid-19, quando se recusou a se vacinar, chegando até mesmo a organizar um torneio no meio da Pandemia. Resultado? A maioria dos envolvidos saiu contaminada. Por fim, ele lutou até o último instante para conseguir jogar o Australian Open, mas sua participação foi negada e ele foi deportado do país. No mundo do basquete, Kyrie também se recusa a se vacinar, chegando a alegar que as vacinas eram um plano do governo para dominar as pessoas. A consequência? Joga apenas os jogos fora de Nova York pelo seu time.
Os dois atletas foram bastante criticados, cada um de uma maneira. Kyrie é chamado de louco, e as pessoas acabam não o levando a sério, apesar da maioria não concordar com sua posição. Ele diz que esta seguro de sua escolha e mesmo que sua carreira seja prejudicada, não abre mão de sua decisão. As criticas para Djokovic são mais pesadas, pois ele tem forçado a barra e tomado atitudes que podem colocar a saúde de outras pessoas em risco. Muitos alegam que eles são contra a ditadura e a favor da liberdade de expressão e opinião. Concordo em partes. Acredito na liberdade de escolhas, e ninguém pode ser proibido de fazer algo. Sobre as vacinas, é inegável que são novas e muitas delas estão em processo de teste, mas também é inegável que muitas pessoas não foram internadas por conta delas. A liberdade não pode ser perdida, mas por outro lado, a responsabilidade social precisa existir. Tanto Kyrie como Nole podem ser prejudicados, mas cada um é responsável por suas escolhas. Não os vejo como heróis ou como modelos de liberdade, mas também não são negacionistas. São seres humanos livres, escolhendo e vivendo o fruto de suas escolhas.
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