Durante muito tempo essa história foi admirada por muitos através da leitura dos escritos do autor Isaac Asimov, e sempre foi esperado que de alguma maneira essa trama fosse adaptada em filmes ou em algum seriado. O problema era como fazer um roteiro tão cheio de mudanças e de personagens funcionar no áudio visual. Um outro ponto era a tecnologia, já que recriar um espaço cheio de planetas e com alta tecnologia e naves poderosas não seria algo fácil. Mas enfim chegamos ao ano em que Fundação ganhou a sua adaptação e se tornou um seriado, produzido pela Apple. Em sua primeira temporada vimos a trama ganhar vida, mesmo com diversas mudanças dos livros.
Até mesmo escrever e descrever sobre essa trama é muito difícil, tamanha a complexidade da história. O roteiro mostra um planeta distante e seus habitantes, onde o destino deles é ameaçado por profecias diatópicas, e assim acompanhamos como a civilização lida com isso, e como se inicia a chamada Fundação. A principio o personagem principal é Hari Seldon, que é um homem da ciência que cria a Psico-história. Através dela ele consegue prever a crise que virá sobre o planeta e também sobre o inicio da civilização em outro lugar, que ganha o nome de Fundação. Sendo assim, temos um jogo de poderes, politica e muitas discussões filosóficas, que é a que mais me chamou a atenção e me interessou. Ainda que Hari Seldon tenha uma participação de menor duração nos livros, aqui ele ganha muito mais espaço e tempo de cena. Alias, os roteiristas fizeram um ótimo trabalho, já que todas as adições somaram e melhoraram a qualidade da série.
Como disse, a parte filosófica me prendeu mais, já que temos o comando de três pessoas que na verdade são uma só, tudo por base da clonagem. Falo de Alvorada, Crepúsculo e Amanhecer. Cada um é de uma geração e cada um serve como uma ponte para o comandante que vem em seguida. Começa então uma discussão sobre clonagem e sobre identidade, já que o mais novo não quer seguir a linhagem dos irmão, pois possui muitos conflitos Descobre-se assim que algo foi modificado na produção dos clones. O outro núcleo dos personagens estão na Fundação, onde temos a Salvadora como a protetora do grande artefato da Fundação. Vemos guerra de poderes e também viagens no tempo, o que bagunça muito a linha de narração. Gaal, que de inicio era da equipe de Hari Seldon havia desaparecido, mas vemos o seu retorno ao descobrimos que a Salvadora é filha dela. A Fundação possui bons e maus momentos, não sendo uma série que agrade a todos. Ela é direcionada a um nicho pessoas que gostem de ficção cientifica. Gostei da bela fotografia e como disse, das cenas que se passam no planeta principal. Achei fraco o núcleo que se passa na Fundação, mas sigo com esperança de melhora na próxima temporada.
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