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Single8, vamos fazer um filme?

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Eu tive uma grata surpresa ao assistir esse filme japonês, dirigido por Kazuya Konaka, que conseguiu transmitir o que é dirigir um filme. Enquanto assistia a trama, me lembrava também de uma famosa música do Legião Urbana, chamada "Vamos fazer um filme". Parece que muitas pessoas se encantam pelos filmes, chegando a ter uma tremenda vontade de produzir o seu próprio longa-metragem. Essa é a proposta que "Single8" busca nos mostrar, ao apresentar um grupo de jovens de uma escola japonesa, que escolhem gravar um filme, para ser apresentado na semana cultural, um evento muito comum no Japão. Já assistimos produções onde o diretor Steven Spielberg mostra a sua paixão por filmar histórias, e agora podemos ver algo semelhante sedo produzido pelos japoneses.


A história se passa no Japão do fim dos anos setenta, longe de toda a nossa tecnologia atual, onde os jovens tinham que fazer uso de ferramentas manuais para conseguirem produzir algo. O protagonista Hiroshi é um apaixonado por cinema, que acabou se encantando com o lançamento de Star Wars, desejando fazer uma filmagem que siga o mesmo padrão. O seu amigo, Yoshio, é sempre um companheiro ao seu lado, acreditando na criatividade do colega de escola. É interessante vermos eles usando de maquetes, assim como também de truques de filmagens para tentar reproduzir cenas de naves espaciais. Para também alimentar o desejo dos dois amigos filmarem, eles conhecem uma loja onde vendem diversas filmadoras especiais para filmes, e assim chega o momento quando Hiroshi consegue convencer todos os amigos da sala de usarem as férias de verão para gravarem um filme. O roteiro também é algo muito pessoal, pois conta sobre a vida do próprio diretor, Kazuya Konaka, e de como ele sempre foi um apaixonado por cinema, assim como Steven Spielberg.

Quando o professor aprova o trabalho de seus alunos, embarcamos em uma aventura junto com os jovens japoneses, que em alguns momentos nos trazem aquele clima dos filmes oitentistas, como "Clube dos cinco" e "Conta Comigo", quando personagens da mesma faixa etária se unem a um mesmo problema ou conflito. Toda a fotografia de "Single8" é muito boa, e temos um tom de nostalgia, pois a filmagem da produção dos alunos é feita com uma câmera Super 8, clássica para os cineastas, quando começaram a se arriscarem nas produções cinematográficas. Hiroshi também tem a sua musa inspiradora, como todo garoto adolescente. O nome dela é Natsumi, que acaba sendo convidada para vir a ser a protagonista do filme dirigido por ele. Ao longo das filmagens nós vemos várias técnicas de cinema, assim como um conflito de Hiroshi, que quer entender do que se trata seu próprio filme, assim como se ele de fato é um bom cineasta. Aos poucos, vemos que Star Wars serve como inspiração, mas existe uma profundidade naquilo que Hiroshi quer contar. Uma aventura de verão acaba servindo como uma oportunidade para fazer um grande filme, que no fim acaba sendo apresentada na semana cultural. Hiroshi acaba não sendo correspondido pelo amor de Natsumi, mas encontra uma paixão maior, o seu amor pelo cinema.

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