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Escola brasileira de futebol

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Esse livro é um estudo profundo sobre o estilo do brasileiro jogar futebol, e como o esquema tático foi se alterando conforme os anos foram passando, buscando explicar como a seleção do joga bonito conseguiu levar sete a um em pleno Mineirão na Copa do mundo de 2014. Para escrever essa obra temos um especialista na história do futebol, o jornalista e comentarista Paulo Vinicius Coelho, o PVC. Pois bem, o jornalista descreve como surgiu o estilo brasileiro de jogar bola e como nosso jeito de praticar o futebol foi mudando, conforme os acontecimentos em Copas como também através de novas tendências que o futebol europeu apresentava. Para quem gosta de futebol e de esquema tático, esse livro é obrigatório para o conhecimento futebolístico dos amantes do esporte bretão.


PVC começa falando que o futebol gaúcho influenciou demais o esquema tático de uma nação, através de dois treinadores com um estilo oposto um do outro. De uma lado tínhamos Ênio Andrade, de uma escola mais dura e de marcação forte, já que o futebol gaúcho era mais pesado e disputado. Enquanto do outro tínhamos Oswaldo Brandão, que buscava levar suas equipes a jogar um futebol mais solto. Conforme os anos foram passando, experimentações e estilos foram sendo colocados em prática, como por exemplo com Zagallo, que na Copa de 70 conseguiu unir diversos craques e uma única equipe, que tinha em Pelé o grande craque do time. Enquanto isso, o futebol europeu ia apostando em um estilo de mais força, ou então com um estilo sem posições fixas, como por exemplo a Holanda e seu famoso Carrossel. As tendências europeias chegaram por aqui, e muitos times nacionais tentaram fazer diversas cópias do que ocorria lá fora. A grande quebra de estilo acontece após Telê Santana e a fantástica seleção brasileira de 1982, que encantou o mundo. Encantou, mas não ganhou, e agora?

Muitos dizem que a perca da Copa de 82 mudou o futebol brasileiro, que deixou de ser técnico para ser mais defensivo e de apenas controle de bola, sem apostar no talento individual de seus jogadores. Isso é comprovado com o tetra campeonato de 1994, quando o Brasil de Parreira apostava no controle de bola e usava apenas o talento de Romário e Bebeto para se ter algo diferente. Era melhor perder jogando bonito ou ganhar jogando feio? A seleção de Parreira ganhou, mas nunca encantou. Mas PVC diz que se engana quem acha que a Copa de 82 mudou tudo, pois nos anos noventa a maioria das equipes nacionais seguiam com o jogo bonito, como o Palmeiras de Luxemburgo e o São Paulo de Telê Santana. Vanderlei Luxemburgo sem dúvidas foi o grande treinador dos anos noventa, o mais estrategista e o melhor de todos. Felipão veio com um estilo mais gaúcho, que rendeu a Copa de 2002. A Itália apresentava o jogo mais duro, que Celso Roth copiou e quase venceu uma Libertadores com o Palmeiras. Por fim, PVC tenta explicar o que houve nos 7 a 1 contra a Alemanha, e como Tite se reformulou, sendo o melhor técnico da década passada. A "Escola brasileira de futebol" é uma verdadeira aula sobre como o futebol brasileiro se desenvolveu com o passar dos anos.

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