Uma das mais gratas surpresas que tive foi a descoberta de Drew Holcomb, que traz em sua sonoridade um dos estilos de canções que mais gosto, usando muitas vezes voz e violão. Aqui temos uma produção de música ao vivo, em um show simples, onde ele e suas esposa Ellie conseguem transmitir emoções para o seu público em simples canções. Não temos solos de guitarra ou a bateria fazendo um barulho extremo, nada disso. Temos apenas o talento de Drew, junto com a linda voz de Ellie, que possuem juntos uma química sensacional. As letras dessa produção são bem reflexivas e que trazem um ambiente muito bom enquanto eles interpretam as canções.
Usando o seu chapéu e seu violão, acompanhando também de uma banda que traz uma ótima performance para as canções, temos aqui um álbum muito bom, que me faz lembrar do inicio da banda, quando eles tinham uma vibe bastante folk. A primeira canção é "Don't think twice, it'a alright", que tem um violão de fundo e a união de voz de Drew e Ellie, onde eles cantam que não adianta apenas pedir desculpas se não houver uma mudança. "Who's gonna ride your wild horses" é mais lenta e reflexiva, mas que toca forte as nossas emoções, tendo até mesmo um violoncelo junto durante o som. A letra nos traz diversas reflexões e perguntas. A canção se encerra com uma gaita muito bonita em seu solo final. Em seguida a banda toca "Learning to fly", que retorna com o violão e uma música mais animada, com a letra falando sobre aprender a voar.
Um dos pontos fortes da banda sem dúvidas é a voz de Ellie, que canta lindamente as canções aqui apresentadas. Deixo um destaque para "Please forgive me". Essa é uma das melhores músicas do disco, unindo muito bem tanto a melodia e som, como também a interpretação vocal de Ellie. Em seguida temos a ótima "Long ride home". Ellie volta a cantar "Nashville", que começa com um longo dedilhado de violão. O casal canta junto "Long Monday", que é um folk onde Drew fala a respeito de passar uma segunda feira sozinho em cima da montanha. Temos no meio do álbum uma música bastante animada, chamada "Ain't nothing like the real thing", que fala sobre não existir nada melhor do que um amor quando ele é de fato real. Em "Picture in a frame" temos uma linda declaração de amor. O disco se encerra com "I saw the light", que é um folk bastante animado. Com esse trabalho, Drew Holcomb nos entrega mais um ótimo disco.
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