A banda santista alcançou o melhor de sua criatividade musical com muita maturidade, trazendo uma identidade mais conhecida do seu estilo de som. A prova disso foi também a mudança de produtor, que agora com Esteban Tavares, trouxe diversas variedades dentro do som da banda. Ainda assim, o Zimbra não deixou de lado a forma de composição de suas letras, buscando sempre o lado emocional, ao falar sobre relacionamentos e seus conflitos. Sendo lançado em 2019, o álbum "Verniz" trouxe também a participação de Dinho Ouro Preto, do Capital inicial, em das músicas, além de Esteban também participar em uma delas.
Bola, segue mostrando que é um vocalista excelente, e seu estilo de voz suave se encaixa perfeitamente com a melodia e o estilo das músicas da banda. A parte instrumental também cresce, com o Zimbra misturando alguns estilos, passeando pelo pop e rock, com uma pitada praiana e leve. Em "Céu de azar" temos a participação de Estaban Tavares, além de Bola cantando com muita emoção o refrão da canção, que em sua letra fala sobre alguém que faz de tudo para estar com a pessoa que ama. "Toda vez que eu erro" fala a respeito dos conflitos dentro de um relacionamento. Uma das melhores do disco se chama "Ontem", que traz uma melodia muito bonita, falando sobre a saudade de estar perto de alguém que ama, de ouvir a sua voz. Muitas pessoas gostam de ouvir Zimbra e destacam esse estilo de letra como uma de suas favoritas da banda. A canção "Sorte" nos traz aquele estilo leve e sossegado da praia, em um estilo que me lembra muito a Banda do mar, do Marcelo Camelo.
Em algumas entrevistas, os integrantes ressaltam que o álbum busca retratar um estilo de som dos anos oitenta, e assim o nome do disco, "Verniz", busca ser um componente daquela época, quando se usava muito os produtos nos móveis. Uma outra curiosidade é que a banda passou mais de um ano trabalhando nesse disco, que teve ótimos resultados entre os críticos de musica. É nesse contexto que a música "Iguais" mostra toda a maturidade que o Zimbra alcançou, contando com uma variedade de instrumentos sendo tocados. "Me mude" é sobre um pedido por uma ajuda, para que ele possa mudar e vir a se tornar alguém melhor. Com um som de teclado de fundo, temos "Você é a mais sincera", e assim o disco embarca em músicas ais intimistas, como por exemplo a linda "Teus nomes", que conta apenas com violão e voz, fazendo várias metáforas, como por exemplo com os olhos que mudam de cor. "Meia-vida" fala sobre não querer estar perto de alguém que não possui os mesmos objetivos e interesses. A minha favorita do disco é "Quem diria", que é muito bonita e conta com a participação excelente de Dinho Ouro Preto. A letra fala de alguém que superou o relacionamento antigo e hoje pode seguir a vida de cabeça erguida. Com muita maturidade, o Zimbra entrega seu terceiro álbum.
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