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Uma mochilada em Paranapiacaba

domingo, 26 de fevereiro de 2023

Sabe aquele dia em que você quer ir para algum lugar e ficar sozinho? Sabe quando você quer se aventurar em um lugar diferente e ter um momento a sós? Então, foi isso que fiz quando resolvi passar um dia em Paranapiacaba. Realmente eu nunca havia ido sozinho para lá, as aproveitei que iria ter um feira de literatura para visitar sozinho a cidade. Como sabemos, a cidade cinzenta tem tudo a ver com literatura, ainda mais se formos falar do gênero Steampunk, que mistura a modernidade com o tempo das ferrovias. Enfim, peguei a minha mochila, coloquei um livro dentro e parti em um sábado bem cedo para um dia muito legal e de reflexões.


Antes de ir para a vila das ferrovias, eu pesquisei qual seria a melhor de maneira de chegar ao local. Vi que havia um trem de modelo antigo que sairia da estação da Luz diretamente para Paranapiacaba. Mas iria demorar mais, e mesmo com a possibilidade de andar em um trem antigo, preferi ir de ônibus mesmo. O problema é que esse ônibus saia bem cedo e levava cerca de duas horas para chegar ao destino. Sendo assim, logo de manhã estava na estação prefeito Saladino, em Santo André, para pegar o ônibus, que realmente fez uma verdadeira viagem. Tudo bem, curti o passeio e cheguei ainda cedo na vila. A movimentação era grande, já que era um evento exclusivo, que estava nessa edição homenageando a poeta Hilda Hilst. Já na chega era possível ver como o local era diferente, dando para se sentir dentro de um livro, ou de um tempo antigo em nosso país. O ar do local é muito gostoso, e logo fui visitar os museus e pontos turísticos.

Foi ali que pela primeira vez ouvi falar sobre o professor de história Leandro Karnal, que foi até lá para realizar uma palestra. Vi um alvoroço de pessoas falando dele, e quando ouvi a sua palestra falando sobre o coração dos livros, entendi o motivo. Ele de fato tem grande conhecimento do assunto e se comunica muito bem. Foi engraçado que alguns anos depois ele se tornou um dos queridinhos da filosofia brasileira. Segui passeando pela vila, subindo e descendo ruas, observando a linha do trem e aquele relógio gigante, que é um marco central da vila. Enquanto caminhava pensava na vida, refletia a respeito do momento em que estava vivendo, que no caso era de certa ansiedade, já que seria o ano do meu casamento. Acredito que essa tenha sido a última viagem que fiz sozinho antes de casar, e foi um bom momento de introspecção e meditação sobre as coisas que estava vivendo naquele ano de 2014. Passeei pela praça, vi músicos tocando, pessoas conversando e por fim decidir voltar para casa. Novamente de ônibus, a viagem de volta pareceu demorar muito mais, onde aproveitei o momento para ler o livro que havia levado. Esse foi um bom dia em que visitei Paranapiacaba.

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