Seriados que mechem com diversas realidades costumam fazer sucesso, e essa era o tema central do seriado Periféricos, que trouxe a atriz Chloe Moretz como protagonista em uma ficção cientifica, que começou muito interessante, mas termina a sua primeira temporada de forma arrastada. O enredo tem um potencial de trazer muitas coisas interessantes, mas a condução do roteiro tenta esconder muita coisa e ir revelando aos poucos de uma forma um pouco confusa. Gosto do elenco e toda produção de efeitos e como eles mostram um futuro diatópico. Sendo produzida pela Amazon, Periféricos apresenta o seus mundo e sua trama em sua primeira temporada.
Logo de inicio acompanhamos os personagens vivendo no ano de 2032, com a jovem Flynne tendo que cuidar de sua mãe que é cega, além de conviver com seu irmão chamado Burton, que sempre se envolve em confusão. Neste mundo é comum ter jogos de realidade virtual, onde Burton consegue ganhar grana e envolve Flynne nisso, já que ela é uma ótima jogadora. A série nos mostra também o ano de 2099, onde vemos um mundo mais moderno e tecnológico, através do misterioso Wilf. Tudo entra em conflito quando Flynne joga um jogo e acaba sendo perseguida por assassinos e percebe que tudo é muito real. É então que ela descobre que esteve ocupando o "Periférico", onde você acaba vivendo em um outro corpo com a sua mente e tudo é de verdade. O mais interessante é que esse mundo faz parte do futuro, ou seja, Flynne acaba através do jogo viajando no tempo. Wilf se apresenta a ela e consegue um remédio que traz a visão de volta para sua mãe. O problema é que Flynne presenciou um assassinato e agora se torna um alvo, principalmente da antagonista da série, chamada Cherise.
O seriado tem como roteirista Jonathan Nolan, que gosta muito de esconder mistérios dentro de suas tramas, o que nem sempre é visto com bons olhos. Essa narrativa entre futuro e presente acaba sendo muito confuso muitas vezes, e o conflito principal não é muito bem explicado. Na realidade atual Flynne e Burton precisam lidar com Corbell e sua gangue, mas para isso recebem a ajuda do aleijado Conner, que ao descobrir o mundo Periférico se sente bem, já que consegue ter pernas novamente. Ele chega a ajudar Flynne no combate final da temporada no Periférico. Flynne aprende a lidar com os efeitos de ter um corpo no futuro e consegue lidar com os problemas com Cherise, conseguindo se manter viva e no domínio da situação. Um outro personagem relevante no futuro é o milionário Lev, que parece ter muita influencia nesse mundo, assim como a inspetora Ainsley, que busca manter o futuro em ordem. É interessante vermos Londres no futuro e toda tecnologia apresentada, mas em Periféricos sinto falta de um roteiro melhor estruturado e personagens mais desenvolvidos.
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