Jogador número dois

Ernest Cline fez muito sucesso quando escrever "Jogador número um", mostrando um avanço na tecnologia, onde era possível entrar em uma realidade virtual através de um headset. O livro bateu recordes de vendas, chegando a se tornar um filme dirigido por Steven Spielberg, que lotou as salas de cinema. Em 2021 Cline lançou a continuação de sua obra, com a responsabilidade de tentar repetir o sucesso do primeiro livro. Os elementos de sua trama se repetem, com a história trazendo a nostalgia como principal objetivo, além de trazer o mesmo enredo de aventura da primeira obra. Apesar de repetir o mesmo molde, é legal voltar ao mundo da OASIS  e poder rever personagens tão queridos, entrando em mundos e histórias que fizeram parte da nossa própria história de vida.

Após Wade ter conquistado a herança do criador da OASIS, ele acabou ficando muito rico, e junto com seus amigos Samantha, Shoto e Aech comanda toda organização da realidade virtual. Eles adquiriam uma riqueza enorme, enquanto o vilão Sorrento segue preso em uma prisão de segurança máxima. Tudo muda de figura quando Wade descobre uma nova tecnologia criada pelo fundador Halliday. Através do headset chamado INO é possível entrar dentro da realidade virtual e ter as mesmas sensações do mundo real, ou seja, agora a mente é teletransportada para dentro do jogo, sendo possível sentir todas as sensações que a OASIS pode proporcionar. A única contra isso é Samantha, que não concorda e briga com seus sócios. O relacionamento entre Wade e Samantha termina e o contato entre eles se baseia apenas em reuniões. Um novo desafio surge, quando Halliday diz que existe novos artefatos a serem caçados e o vencedor terá um prêmio precioso. Com a ajuda da jovem L0negrin, ele encontra o primeiro tesouro. O problema é que surge Anorak, uma inteligência artificial de Halliday, que prende todos dentro da OASIS e obriga Wade e seus amigos a vencerem o desafio para ele, que conta também com a ajuda de Sorrento, que prendeu Og, o outro fundador da OASIS.

É então que somos levados aos mais variados mundos dentro do jogo, já que cada artefato se encontra em um lugar especifico. É então que a nostalgia toma conta do livro, repetindo a mesma estratégia que Cline usou em seu primeiro trama. Samantha não usa a INO, sendo a única que consegue entrar e sair da realidade virtual para ajudar os amigos. A aventura faz com que ela e Wade se aproximem novamente, algo que acho que foi construído de maneira rasa. Enfim, na caçada pelo tesouro escondido, vemos os amigos indo até o mundo dos filmes oitentista de John Hughes, da qual Samantha é fã. Em seguida eles entram no universo do cantor Prince, assim como também do mundo da Terra média do Senhor dos anéis. Com todos os artefatos encontrados a batalha final acontece, onde Og consegue entrar no OASIS e derrota Anorak. Descobrimos que tudo tem uma ligação entre a amizade e o triângulo amoroso ente Halliday, Og e Kira, os fundadores. É então que é explicado que a tecnologia INO é capaz de criar uma inteligência artificial de quem a usa, podendo assim fazer com que a pessoa viva para sempre dentro da OASIS. Sorrento é detido e Wade vence novamente, ganhando o bastão para ressuscitar pessoas que morreram no jogo. Ele traz a I.A de Og, que agora se junta com Kira, seu grande amor. O livro termina sendo contado pela I.A do próprio Wade, que diz que cada um criou sua própria I.A, para irem ao espaço buscar novos planetas. Na Terra, Wade e Samantha casaram e tiveram uma filha. Jogador número 2 é um bom livro, mas não consegue trazer a mesma emoção do primeiro livro, apesar de mostrar o quão longe e perigoso a tecnologia humana pode avançar.