12 vezes Palmeiras. O Brasil é verde outra vez

O torneio nacional dessa temporada foi o mais disputado e emocionante de toda história do torneio de pontos corridos. A equipe do Palmeiras conseguiu reverter um diferença de quatorze pontos do Botafogo, que estava com a mão na taça. Nunca vimos uma diferença tão grande ser superada, mostrando que em um campeonato de pontos corridos, o mais importante é a constância e saber lidar com as turbulências que um calendário tão grande de partidas proporciona. Abel Ferreira trouxe uma frase ao seu elenco, o de "Nunca desistir", e foi com isso em mente que os jogadores terminaram na ponta da tabela, conquistando um título nacional para o Palmeiras pela décima segunda vez, sendo esse o segundo consecutivo. Foi o Brasileirão mais difícil, mas o Palmeiras conseguiu pintar o Brasil de verde novamente.

Quando o campeonato começou, de forma surpreendente, vimos o Botafogo em uma arrancada sensacional. Enquanto as outras equipes empatavam ou perdiam, o time carioca vencia e vencia, tanto que foram campeões do primeiro turno do torneio. Mas na segunda volta, o Botafogo simplesmente derreteu, levando viradas históricas e empatando partidas no último lance de ataque do adversário. Por muito tempo essa dor ficara na mente dos botafoguenses. Por outro lado, o Palmeiras claramente deixava o torneio nacional em segundo plano, já que o foco era a Libertadores da América. Quando o clube alviverde perdeu para o Boca Junior e foi eliminado, um baixo astral caiu no elenco e o time não tinha forças para reagir, perdendo jogos e parecendo que o time já estava pensando em 2024. Até que chegou o dia do jogo entre Palmeiras e Botafogo no Engenhão, a melhor partida do campeonato brasileiro desse ano. De forma incrível, o Palmeiras virou uma partida em que perdia por 3 a 0, com o goleiro Weverton ainda pegando um pênalti. A partir de então vimos uma equipe com muita fome de vencer, com a esperança de título renovada.

Mas quais foram os destaques do titulo palmeirense? Primeiro temos que falar da força mental de Abel Ferreira, que novamente conseguiu trabalhar com as peças que possui, conseguindo manter a equipe nos trilhos, armando uma equipe com três zagueiros e um ataque formado por Endrick e Brenno Lopes. É nesse ataque que encontramos o segundo fator importante para o título. O garoto Endrick, que com apenas dezessete anos foi o principal destaque dessa reta final do Brasileirão. Foi ele que começou a reação no Engenhão, e em seguida nas outras partidas marcou gols importantes, que deram vitórias ao time. Na última partida, no Mineirão contra o Cruzeiro, de novo ele, Endrick balançou as redes mais uma vez. Com 70 pontos conquistados, o Palmeiras garantiu seu décimo segundo troféu do torneio nacional, o segundo Brasileirão da Era Abel. Bem de perto, com dois pontos a menos, o Grêmio de Suárez e Renato gaúcho ficou na vice liderança, seguido de Atlético-MG e Flamengo. E o Botafogo? Terminou com a frustrante quinta posição, no maior vexame dos pontos corridos. Com uma estrutura sólida e com uma engrenagem que funciona muito bem, o Palmeiras mostra que uma boa gestão, um treinador excelente e o talento de Endrick garantiram o troféu de campeão brasileiro.