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Legião Urbana- V

sábado, 1 de julho de 2023

Após terem lançado "As quatro estações", a banda chegou ao máximo de sucesso e relevância no país, se tornando uma das melhores banda de rock do Brasil. A fama aumentou, os shows cresceram e Renato Russo se tornou um dos principais vocalistas brasileiros. Foi então que em seguida, no ano de 1991, o Legião Urbana lançou seu quinto álbum, que teve o simples nome de "V", remetendo ao quinto disco da banda de Brasília. Diferente de canções que caíram na boca do povo do trabalho anterior, em "V" vemos o Legião buscando mais experimentações, trabalhando em cima do tom de rock progressivo e com músicas menor comerciais, tanto que nesse disco a banda não produziu nenhum clipe.


Além disso, Renato Russo não vivia uma fase boa pessoalmente, lidando com problemas de alcoolismo, e também havia descoberto que estava doente. Para quem esperava um álbum mais comercializado acabou se decepcionando, já quem em "V" as músicas soam com um tom medieval, trazendo tons de rock progressivo, ou pelo menos tenta, já que as habilidades dos músicos não chegam a conseguir cumprir o objetivo. O disco também traz músicas instrumentais, como por exemplo "Love song(cantiga de amor). Uma outra característica do disco é que as canções possuem um tempo maior, como "Metal contra as nuvens" e seus onze minutos. Essa é uma das músicas mais conhecidas do Legião Urbana, cheia de reflexões e metáforas em um tom bem melancólico. É normal que bandas mudem seu estilo de música ao longo da carreira, e por isso o Legião Urbana acabou se dando a chance de experimentar e testar coisas novas no seu som. O Brasil passava por problema econômicos da Era Collor, e esse disco traz reflexos do nosso país. Em "Montanha mágica", Renato se expõe mais e fala do seu vicio com as drogas.

Tratando ainda sobre "Metal contra as nuvens" gosto quando Renato canta que tudo passa, que tudo passara, que de fato é uma grande verdade dessa vida. "Vento no litoral" é outra longa música. Ela é sobre isolamento e despedida em um tom bem poético. "Teatro dos vampiros" é uma das poucas boas músicas do disco, mostrando uma pessoa frustrada, estando perdido e querendo atenção, sendo um claro reflexo de um Brasil em crise, com a letra mostrando um personagem que poderia ser qualquer brasileiro daquela época. "Ordem dos templários" também é instrumental, sendo uma conexão direta da abertura do álbum, que também traz apenas instrumentos em seu som. A minha favorita é "O mundo anda tão complicado", que fala sobre o cotidiano comum da vida de alguém, de forma tão leve e bonita. Um suspiro de canção que nos lembra de um Legião de "Quatro estações". Com tantas letras tristes e melancólicas, temos "Sereníssima" com voz e violão de Renato Russo comandando tudo, sendo muito bonita, onde ele fala sobre si mesmo e faz várias poesias durante a letra. O disco se encerra com o rock mais forte em "L'Age D'Or", onde as guitarras acabam aparecendo. Por fim, assim como no inicio, "V" termina com a instrumental a base de piano chamada "Come share my life". O quinto álbum da Legião se afasta das raízes e leva a banda por um lugar ainda não experimentado, e o resultado não é bom.

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