Uma das comédias românticas que fizeram sucesso na década de dois mil teve como protagonistas os atores Ashton Kutcher e Amanda Peet. Lançado em 2005, teve como diretor Nogel Cole, que já possuía certa experiência nesse gênero. A trama busca mostrar o desenrolar de um relacionamento que ao longo dos anos, começando de forma inesperada, mas fazendo com que o tempo conecte os dois personagens. Gosto muito da trilha sonora do filme e de alguns temas levantados durante os diálogos, como por exemplo definição de carreira, frustração com o fracasso e crise de existência. Apesar de ser uma comédia romântica, o filme não é superficial.
Oliver e Emily se conhecem de maneira espontânea e acabam se conectando e passam um tempo juntos. Os dois eram jovens e intensos, e acabam concordando que não possuem nada em comum. Apesar disso deixam seus contatos para futuramente verem como cada um está em sua vida. Por um lado Oliver é disciplinado e traçou pra sua vida um plano onde ele poderia conseguir um sucesso rápido, enquanto Emily vive a vida e seus momentos, procurando viver a experiência sem se preocupar com as coisas do amanhã. Durante um período de sete anos a trama mostra os dois se encontrando em várias ocasiões, com cada um vivendo a sua vida, mas tudo conspira para que não viessem a ficar juntos. Em um desses encontros, Emily acaba descobrindo a sua vocação, a de se tornar uma fotografa. Em dos momentos que mais me marcaram no filme, Oliver acaba quebrando e sua empresa não da certo, o levando a ficar frustrado. Uma cena na praia ele acaba conversando com seu irmão mudo que se sente um fracasso, já que chegou aos trinta e não tem nada. É então que o irmão o incentiva, mostrando que a vida não acabou e ele tem que ir atrás do que quer.
A cada encontro do casal protagonista, vemos a evolução de cada um deles, assim como também suas crises. Os dois acabaram criando um laço e assim um sentimento surge entre eles. Uma outra cena marcante é quando Oliver descobre que ama a garota, então vai até a casa dela com uma guitarra e começa a tocar Jon Bon Jovi, como se fosse uma serenata. O problema é que ela esta noiva, e eles se afastam novamente. No ato final, Emily também percebe que o ama e decide que não ira casar. Como uma boa comédia romântica, as coisas não acontecem de maneira fácil. Emily acaba indo até a casa do protagonista e vê que vai acontecer um casamento em sua casa. Envergonhada, ela vai embora, não antes de Oliver perceber que a garota estava lá. Ele corre até ela e a beija, dizendo que o casamento é da sua irmã, e que ele é apenas o padrinho. Sobe a música e os créditos finais assim termina um ótimo filme romântico, um dos mais marcantes da década. Kutcher não protagonizou grandes filmes, mas podemos dizer que "De repente é amor" é um dos seus melhores filmes. Apesar de simples e obvia, o alvo aqui é mostrar que você pode ser feliz, que a vida não termina por conta de seus fracassos. Com o tempo, novas oportunidades podem aparecer em sua vida.
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