Este filme trouxe muitas semelhanças com alguns pontos da minha infância. Não digo em relação ao tema principal da trama, mas em outra camada do roteiro. Bar, doce lar nos conta sobre uma mãe tendo que ir morar com seu filho ainda criança na casa do pai. Sabemos que quando alguém se casa a última coisa que ela deseja é que o casamento de errado e ela tenha que voltar para a casa dos pais. Para o garoto J.R, tudo era divertido e ele adorava o avô e as pessoas que conviviam na casa, principalmente o seu tio Charlie, interpretado por Ben Affleck.
O filme se divide em duas partes. Primeiro ele mostra a infância de J.R e sua convivência com o tio, que assumia o papel masculino na vida do garoto. Além disso, Charlie tinha um carro azul muito bonito, que J.R adorava passear e com ele e os amigos do tio. Charlie também era dono de um bar, que sempre ficou na memória do garoto. O pai de J.R sempre foi ausente e nada participativo na educação do filho. Aqui que o roteiro me traz lembrança, pois também não tive meu pai como o maior educador da minha vida. Assim como J.R, o meu tio era o cara legal da minha infância, e gostava de ficar perto dele. Talvez por isso possuo algumas características dele e quando me lembro da infância me divirto pensando nos momentos com o meu tio. O tempo passa e a segunda parte da trama traz o inicio da vida adulta do J.R, e o seu alvo de entrar na faculdade.
Mais um ponto que gosto da história, é que J.R desejava ser um escritor. Poxa, isso me acertou em cheio, já que também gosto da arte da escrita. Vemos então a busca do jovem por alcançar um bom emprego na área que gosta, assim como tentar ficar com a pessoa que ama. É muito legal vermos o quanto a torcida da família era grande por J.R, principalmente Charlie, que acompanhou a trajetória dele desde o inicio. Dirigido por George Clooney, "Bar, doce lar" traz o tema relacionamento muito forte, além da busca por um sonho. A trilha sonora é excelente, remetendo os anos setenta e oitenta. O que eu não sabia era que "Bar, doce lar" é uma história real, contando sobre a vida de J.R Maguire, que chegou a escrever no New York Times e ficou famoso ao escrever seu próprio livro de memórias. Com uma fotografia nostálgica, o filme é um retrato da infância e juventude de J.R Maguire.
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