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A Espanha é campeã da nova Copa Davis

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Me lembro que cresci assistindo a Copa Davis, onde vi jogos memoráveis, principalmente nos anos em que Gustavo Kuerten era o grande nome do esporte no país. Era muito legal ver a torcida gritando como se fosse uma partida de Futebol, empurrando os jogadores para a vitória. Pois é, esse tipo de Copa de Davis não existe mais, pois este ano tudo mudou com o novo formato do Torneio. A nova regra coloca alguns times para se enfrentarem apenas na primeira etapa de jogos em países diferentes para se classificarem para a fase final, onde temos uma semana inteira de jogos em uma única sede, no caso a Espanha nestes dois primeiros anos. Em 2019 o vencedor foi a Espanha, liderada por Rafael Nadal a conquista ganhou tons heroicos ao derrotarem o Canadá na grande final. Mas afinal, a nova Copa Davis funciona?


A principio existiu e ainda existe muitas dúvidas sobre o novo formato da Davis, principalmente após a ATP também estar realizando um torneio entre países do mesmo estilo no inicio do próximo ano. A Copa Davis vem sofrendo concorrência com a nova Laver Cup, que tem atraido os melhores jogadores para participar. A favor existe toda a história que a Davis traz junto, mas acontece que o melhor da Davis não veio nessa nova versão, a torcida. Com os jogos sendo disputados na Espanha, apenas o país sede conseguiu atrair seus torcedores em massa, chegando a vermos os ingleses convocando a torcida, dando até mesmo ingressos, algo vergonhoso para uma competição de tanta tradição. Em relação aos jogadores, metade dos top 10 compraram a ideia, entre eles Nadal e Djokovic, mas não tivemos Federer, que preferiu realizar jogos de exibição pela América do sul. O legal da antiga Davis era ver as equipes viajando pelo mundo, como em uma final que tivemos a Espanha indo até a Argentina disputar uma final de Davis, o que dificilmente veremos acontecer neste novo formato.

Quanto a competição houveram sim jogos muito bons, emoção em partidas decisivas, como a Rússia tendo que garantir uma vaga contra a Sérvia em um jogo de duplas emocionante. Também tivemos o Canadá vencendo a Austrália em uma partida acirrada. Claro, a organização precisa melhorar as questões de horário, já que tivemos jogos indo até de madrugada e muitas partidas encavaladas, uma atrás da outra. A grande história do torneio fica por conta da campeã Espanha, que passou por momentos dramáticos. Na primeira fase Roberto Bautista August perdeu o pai e se afastou do torneio, voltando apenas para a grande final. Na sua ausência Nadal foi um rolo compressor, garantindo o time na grande final com vitórias tanto nas simples como também nas duplas. A final foi entre a dona da casa e o Canadá, e tivemos a surpresa do retorno de Bautista, que com muita frieza e perseverança superou o emocional e derrotou Felix Auger-Aliassime. Na partida seguinte Nadal garantiu mais um título espanhol derrotando Denis Shapovalov por dois sets a zero, e assim a Espanha conquistou seu sexto título de Davis. No próximo ano o formato segue o mesmo, ficando a saudade da lendária Copa Davis, onde a emoção e disputa eram muito maiores.

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