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Manchester á Beira-mar e os corações quebrados

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Para mim assistir filmes não é apenas um ato vazio ou de desligar a mente para deixar o tempo passar. A cada filme que assisto eu procuro aprender algo, procuro observar alguma mensagem que possa agregar valor a minha vida. Claro que sempre existem filmes aqueles filmes ruins, que da vontade de desligar tudo e fazer outra coisa, mas este filme do titulo deste texto foi um dos filmes mais marcantes que eu assisti, e um dos três melhores deste ano. Manchester á Beira-mar é um filme profundo, com uma mensagem muito bonita, onde vemos corações quebrados buscando uma reconstrução. O filme é estrelado por Casey Affleck, que ganhou o Oscar de melhor ator pelo filme, além de Manchester á Beira-mar também ter concorrido a melhor filme no Oscar e ter ganho como melhor roteiro.


O roteiro deste filme é muito humano, e busca tratar de assuntos corriqueiros a todos durante a vida, falando sobre percas, sobre luto, sobre recomeços e também sobre a vida. Casey Affleck está fantástico na trama, com uma atuação de pura emoção, onde ele consegue transmitir toda dor e frieza que seu personagem está passando. Além disso, Michelle Williams também está muito bem em sua atuação, sendo a primeira a buscar uma reconstrução para continuar a viver. Pois bem, a história mostra Lee voltando a cidade de Manchester para cuidar do funeral do irmão e acaba sabendo que recebeu a guarda do sobrinho adolescente, e isso acaba levando ele a reviver os traumas do passado, e por isso busca a todo custo sair da cidade e passar a guarda do sobrinho para outra pessoa. E é ai que temos em cena o porque de tanta dor e porque Lee não quer ficar na cidade. Infelizmente no passado ele acabou perdendo as filhas em um incêndio em sua casa, onde ele se culpa pelo descuido, e a consequência foi a dor e o fim do casamento.

A esposa de Lee buscou tentar prosseguir, casando de novo, engravidando outra vez, e como ela mesmo diz, buscou seguir em frente, mesmo com muita dor. Lee por outro lado se fechou, mudou de cidade e não quis mais relacionamentos profundos, por conta do seu trauma, Temos uma cena chocante e marcante, onde a emoção toma conta de quem assiste, que é quando Lee encontra a sua esposa, e ela buscar conversar com ele e chorando joga na cara dele o que ele está passando, e então ela fala que o coração dele esta quebrado e ele precisa se reconstruir. A resposta também é forte, pois Lee diz que na verdade ele está bem, ele não sente mais nada. Triste, cada um segue o seu caminho e assim vemos que corações quebrados não são fáceis de serem concertados. Mas calma, o filme não é depressão pura, o tom vai mudando com o passar do filme, e passamos da dor para a esperança, da dor para a cura.


Mas depois de tudo isso, o que podemos aprender com Manchester á Beira-mar? Primeiro, que a dor deve ser expressada, deve ser desabafada, colocada para fora. Quem vive se reprimindo pode cair em um estado de vazio e frieza, prejudicando assim os seus relacionamentos. Por outro lado, através do sobrinho vemos que a vida segue em frente, pois vemos ele cheio de energia e cheio de sonhos, o que começa a dar vitalidade ao tio. Precisamos enxergar que existe futuro, que existe esperança, que existem coisas boas para se viver. Apesar do filme ser pesado, ele nos leva a refletir sobre a vida, sobre nossos relacionamentos e também sobre a perca. Se você não gosta de fortes emoções, não o indico, mas se você gosta de filmes de relacionamentos humanos, onde a vida é retratada de forma real, vale a pena, e como vale, pois vemos que todo coração quebrado merece ser consertado.

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