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Marighella, Wagner Moura e a política

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Quando Wagner Moura interpretou o Capitão Nascimento em Tropa de elite, o sucesso foi de imediato, pois o ator trouxe muita energia, causando impacto. Nascimento era um justiceiro contra o crime do Rio de janeiro, e como a população não aguentava mais tanto crime, acabou vendo o personagem como um herói nacional. Wagner teve sua carreira alavancada, fazendo muitos filmes, até mesmo nos EUA. Depois disso protagonizou a série Narcos e também novelas, consolidando seu nome entre os melhores atores do país. O problema é que o ator começou a se politizar, rejeitando até mesmo os aspectos do personagem em Tropa de elite. Tudo bem, isso acontece. Moura, então, assumiu a câmera e dirigiu o filme Marighella.


Não tenho nada contra Wagner Moura, alias, acho ele um dos melhores atores do Brasil, com trabalhos fantásticos. Acontece que Marighella é claramente um filme com objetivo politico. O ato não é solitário, pois vemos os envolvidos na produção com o mesmo discurso, criticando o governo e se vitimizando dos problemas culturais do áudio visual. Não é problema algum criticar o governo, tão pouco pedir melhorias no setor de cultura, mas a arma usada não é a melhor delas para tais protestos. Mas por que Marighella incomoda tanto? Para quem não sabe, Marighella foi um guerrilheiro que combatia a Ditadura militar. Ele acabou sendo morto após lutar contra aquilo que era contra. Aqueles tempos foram conturbados e cada lado tem a sua versão. Wagner busca em seu filme mostrar que Marighella era uma pessoa que lutava a favor das minorias, e busca fazer com que esse mesmo espirito se apegue aos jovens dessa geração. A trama quer fazer a atual geração se virar contra o governo atual.

As criticas começam pela cor da pele do guerrilheiro, pois na realidade ele era um homem branco, mas no filme, o ator Seu Jorge o interpreta. O ator é excelente e tem ótima atuação, mas o problema é que ao colocar um homem negro para interpretá-lo passa a mensagem de querer lacrar através da produção. Isso fortalece ainda mais a busca de Wagner por despertar as pessoas para um ataque ou revolução. Mas e o filme, é bom? Se o objetivo é fazer um filme de ação, a trama corresponde bem, e é nítido que Wagner aprendeu o oficio muito bem com o diretor José Padilha, pois o formato das filmagens são parecidas com o que vimos em Narcos e Tropa de elite. O ator Bruno Gagliasso faz um papel primoroso, um de seus melhores trabalhos na carreira. O roteiro busca trazer o recorte final da vida de Marighella e como ele levou jovens a apoiarem a sua causa. Se a ideia era fazer dele um herói, na minha opinião eles falham, pois vendo o filme não concordo com as ações do guerrilheiro. Sendo assim, Marighella é um bom filme de ação, com ótimas atuações, mas erra ao querer levantar uma bandeira de revolução para essa geração. Não é certo e vai pelo caminho e motivos errados.

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