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Barulhos urbanos

domingo, 12 de janeiro de 2025

Sempre existiu aquela comparação entre a vida da cidade grande e a vida do interior. O que levaria uma pessoa a ir morar afastados dos prédios da cidade grande? Os barulhos urbanos, a correria do dia a dia, a falta de tempo e a busca por uma qualidade de vida. Era comum ouvir pessoas dizendo que quando ficassem mais velhas iriam morar no campo para poder descansar e ter uma vida tranquila. Eu, uma pessoa que gosta de silêncio e sossego, tenho que lutar todo o dia com os sons que percorrem as ruas. A maioria das pessoas da cidade tem morado em prédios, e assim, vivem o desafio diário de conviverem com o barulho, que pode vir de qualquer lado.


Se tem uma coisa que eu não gosto, é o fato de ser incomodado com os barulhos externos. De repente estou na boa, naquele silêncio divino, quando de repente um cachorro começa a latir. E o cachorro faz com que outro lata, e mais outro também, e assim, em segundos temos um canil. Incrível como os caninos conseguem se comunicar e fazer barulho assim tão rápido e de maneira tão chata. Já foi dito, Quer sossego? Vai morar no meio do mato. Na cidade grande, principalmente na nossa selva de pedra chamada São Paulo, os barulhos urbanos fazem a famosa SP ser quem ela realmente é. Mas nem só de cachorros vivem os barulhos que incomodam, tem muito mais, e de todos os lados. A vizinha brigando com o marido, as crianças correndo e gritando apenas por serem quem são, crianças descobrindo o tom de sua voz. Me lembro quando minha tia, com seus três filhos iam nos visitar. Já me dava até angustia, porque sabia que iria incomodar. Um correndo, outro chorando e outro comendo toda a dispensa da casa. E quando o vizinho faz aquela festa que não acaba nunca? Os moradores, inclusive eu, ou melhor, principalmente eu, avisam e reclamam no grupo do zap do prédio. Mas geralmente não acontece nada, ficando apenas a raiva por uma noite mal dormida.

E o que falar daqueles motoqueiros que passam na sua porta com um barulho chatissimo. Não dá para só passar com sua moto com um som normal? Nada disso, os motoqueiros querem mostrar a potencia de seus veículos, e aceleram ao máximo, e terminam por fim buzinando e acordando a criança recém nascida, o idoso que queria um sossego, a dona de casa querendo ouvir o diálogo da novela. Tudo isso acontece na cidade grande, são os sons que fazem ela ser o que é. As vezes passo por grandes avenidas e vejo grandes prédios ali localizados. Tenho pena de quem mora nesse lugar, pois o barulho acaba uma da manhã e logo as quatro já começa tudo de novo. Nunca queria morar em um lugar assim. Conheci um casal que morava em frente a linha de trem da CPTM. Como alguém consegue dormir com o trem passando? Almoçar com a casa tremendo com aquele grande veículo passando pelos trilhos? Hoje em dia não vejo só se a casa é boa, mas se existem perigos de eu ser perturbado. Olho em volta e tento ouvir se tem sons de cachorro latindo, crianças gritando ou festas de vizinhos incômodos. Fujo disso de todas as formas, mas cada vez mais percebo que isso se torna cada vez mais difícil. Morar em São Paulo é estar em meio a multidão. E onde tem pessoas, tem barulho. Agora mesmo, enquanto escrevo, as motos passam sem parar, tem festa na vizinhança e eu aqui já reclamando.

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