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A simplicidade em "Eu posso ouvir o oceano"

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Alguns animes nos conquistam por sua simplicidade, ou por conseguirem retratar muito bem uma época ou situação de nossas vidas. É isso que o anime "Eu posso ouvir o oceano" consegue fazer. O roteiro não é revolucionário, o drama não é algo novo e nem é uma das mais conhecidas produções japonesas. Ainda assim, o anime possui uma mensagem muito bonita, pois consegue atingir em cheio quem o assiste, por retratar um período que todos viveram, a transição da escola para a faculdade, quando tudo era muito novo para todos e os sentimentos estavam a flor da pele. O anime é uma produção do Estúdio Ghibli, feito por jovem Tomomi Mochizuki, no ano de 1993.


A beleza já começa no estilo da animação, que só de olharmos já conseguimos perceber os traços de como eram feitas as animações dos anos noventa, da qual sou muito fã. Aliás, os anos noventa para mim é pura nostalgia, me leva para os meus tempos de escola, para os sentimento daquele tempo. O gráfico do anime é muito bonito, feito por jovens que estavam começando a produzir animações. Existe sim um sentimento juvenil nesta obra, e ela é vista através da sua bela e simples história. A trama nos apresenta os amigos Taku e Yutaka se apaixonando pela mesma garota, a jovem e decidida Rikako. Acompanhamos assim os três últimos anos desses personagens na escola, onde vemos como os dois amigos se conheceram, se apaixonaram pela mesma garota e tiveram um conflito na amizade por conta disso. O clima da animação é muito leve, com belas músicas e uma fotografia que retrata perfeitamente os anos noventa, tanto pelos carros como também pelas paisagens da pequena cidade do interior do Japão.

O roteiro segue a linha slice of life, ou seja, segue a linha e as rotinas de uma vida comum. Com o desenrolar do anime vemos o quanto Rikako possui problemas de carência, pois força uma viagem para Tóquio para poder ver o seu pai, levando Taku junto com ela. Temos momentos muito bons entre os dois, formando laços na juventude deles. Por outro lado, Yutaka não consegue ter tal proximidade com a garota, afetando a amizade dele com Taku. No fim do ano escolar vemos cada um deles indo para uma cidade, onde um reencontro entre os amigos acontece só no outro ano, quando já estão na faculdade. É muito legal a cena onde Taku e Yutaka falam sobre as crises do passado na beira do mar. Assim é a vida, pessoas brigam, o tempo passa e a amizade pode até mesmo vir a ser restabelecida. A conclusão do anime fica em aberto, com um reencontro entre Taku e Rikako em Tóquio. Mas tudo bem, não precisamos saber se eles ficaram juntos, pois aqui o mais importante é a viagem, é mostrar um recorte da juventude dos personagens, que pode ter sido vivida por qualquer pessoa. Eu posso ouvir o oceano é simples, mas por conta disso nos transporta no tempo, nos traz uma sensação nostálgica. É uma das melhores animações já produzidas, com peso na mensagem, nos falando ao coração.

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