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Black Mirror - USS Callister: uma fuga para outro mundo

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A quarta temporada de Black Mirror estreou no fim de 2017 e trouxe seis episódios onde vemos as consequências da tecnologia dentro da nossa rotina. Em nosso Blog iremos falar de alguns episódios da série, trazendo uma visão mais profunda sobre a mensagem que cada episódio busca transmitir. Nosso primeiro texto será sobre o primeiro episódio da quarta temporada, onde a história traz o solitário programador Robert, que é uma pessoa amarga e com dificuldades de se relacionar, então ele acaba criando um jogo similar a Star Trek, onde ele transfere através do DNA, pessoas que trabalham com ele para esse ambiente. É dentro desse mundo que Robert se torna um ditador e coloca toda a sua raiva para fora, escravizando aqueles que o desprezam no mundo real. Tudo meio estranho e meio egoísta, certo? Mas será que também não fugimos da realidade para viver em mundos paralelos?


Ao observarmos a vida de Robert notamos que ele teria tudo para ser bem sucedido, podendo ter bons relacionamentos, lutar contra a sua fobia social ou até mesmo se impor contra aqueles que tentam ridicularizá-lo. Acontece que Robert prefere um outro caminho, um em que várias pessoas também preferem, que é fugir da realidade, em busca de uma fuga dos problemas. O protagonista do episódio ao criar um jogo para si, acaba também por criar um novo mundo, onde ele tem controle de sua vida e também da reação daqueles que estão dentro do seu mundo. Em meio aos problemas da vida muitos também se escondem dos problemas, e os canais de fuga são os mais variados. Muitos se fecham no mundo da internet por não conseguirem socializar, outros são viciados em jogos de Vídeo Games em busca do esquecimento dos problemas. Tantas pessoas chegam até mesmo a dormir mais do que é normal, para fugir das crises da vida. Sim, a fuga é uma das armas da humanidade para tentar fugir do mundo real e dos sofrimentos diários. Em uma época onde depressão e ansiedade acabam sendo comum, não são poucos aqueles que se escondem em um mundo paralelo, tentando viver longe daquilo que as machucam.

Se olharmos para o mundo dos games podemos até mesmo falar do jogo The Sims, onde pessoas buscam trazer para o mundo virtual aquilo que elas não conseguem viver no mundo real. Quero lembrar que nenhuma dessas tecnologias são erradas, mas quero dizer que usá-las como um instrumento de fuga da realidade não funciona. A longo prazo as pessoas acabam se afastando das outras pessoas e perdendo a habilidade de lidar com os problemas. Na série vemos Robert sofrer a cada vez que se afunda dentro do jogo, enquanto vemos que sua vida real é um eterno vazio, pois notamos que o seu corpo vive, mas sua alma pede por uma nova realidade. É isso que vemos tantos em nossos dias experimentarem, onde vemos pessoas presas em vícios ou tecnologias, enquanto a vida delas perde com falta de propósito e sentido. Por fim, o episódio USS Callister busca retratar que viver fugindo dos problemas traz consequências ruins, ainda mais quando nos transportamos para um mundo virtual na busca por escapar da rotina. A tecnologia serve para nos divertir e em alguns momentos até nos aliviar, mas nunca para resolver os nossos problemas.

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