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Histórias de amor- O dia em que o mundo apagou

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Já era noite na Avenida Paulista, e Paulo estava cansado da correria. Já era sexta feira na Avenida Paulista, e Paulo não via a hora de chegar o final de semana para poder descansar. Já era tempo de Paulo se esquecer de Luana, aquela mulher por quem ele se apaixonou. Já era hora dele se esquecer dela, mas como ele ia fazer isso? A Luana trabalhava no mesmo lugar que ele. Já havia muito tempo que eles tinham terminado, tipo uns seis meses, mas para ele parecia que tinha sido ontem, pelo tanto que doía.

Paulo saiu da sua sala e olhou para o pessoal em volta. Havia ainda algumas pessoas, e entre elas a Luana estava la. Aqueles cabelos negros, aqueles olhos castanhos que lhe tiravam o ar. Ele olhava para ela se lembrava daqueles dias de inverno onde saiu para tomar chocolate quente. Como não lembrar daquele dia de verão na praia? Paulo tentava espantar os pensamentos, mas por dentro ele queria mesmo era morar naqueles pensamentos, pois ali ele tinha ela para sempre. Que saudades, que saudades! 



Paulo subiu as escadas para ir em outro setor do seu trabalho, enquanto pela janela ele observava as luzes dos prédios iluminando a cidade. Quantas pessoas la fora, quanta gente vivendo. As pessoas aos poucos esvaziavam o escritório, e ao descer as escadas para também ir embora ele acabou trombando Luana. A mente dele torcia para isso não acontecer, mas o coração dele pulsava por esse encontro. 

- Oi, tudo bem?

- Tudo sim.

Aquele silêncio entre eles, o que aquilo significava? Era bom ou ruim? Era sinal de saudade ou de indiferença? Mais alguns segundos passaram, era agora o momento de falar algo ou uma chance de sair de mansinho. Paulo resolveu que ia falar. Era o momento de colocar tudo para fora. Ele ia dizer que a amava, ia dizer que a queria de volta. Suspirou devagar e Luana olhou para ele. Paulo começou a falar e BUUUUUUUUMMM.

Tudo ficou escuro no escritório, nada se via, nem um palmo a sua frente. A Avenida Paulista estava um breu, nada se via. As buzinas dos carros gritavam la fora, e algumas pessoas na rua também berravam. Parecia o caos do lado de fora, enquanto ali no escritório Luana se assustou também e dando um salto para frente encontrou os braços de Paulo. Ele era seu protetor ali, era o local onde ela acreditava que aquela escuridão não iria lhe fazer mal. Paulo a abraçou com carinho, pediu calma e se sentaram juntos no canto da sala. Ali ficaram o tempo que foi preciso, ficaram até as luzes voltarem, até o retorno da energia trazer vida para a cidade. Quando a luz voltou, os olhares dos dois se encontraram. Ainda faltava um lugar que precisava de energia, o coração de Paulo. E a energia voltou no momento em que Luana o beijou. 

Já era noite na Avenida Paulista. E a noite revelava que ainda existia dia para aquele casal.

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