Para aqueles que gostam de mitologias e deuses da antiguidade vai se interessar bastante por este Anime, que vem tendo muito sucesso com seu Mangá, e que agora finalmente conseguiu ganhar a sua versão animada. A trama apresentada não possui uma profundidade em sua forma de contar o contexto principal, mas ao longo de seus episódios começa a contar a origem e motivações de seus personagens. O Anime se trata simplesmente de uma batalha épica pela sobrevivência da humanidade. Os deuses decidiram aniquilar os seres humanos, mas uma Valquíra propõe um desafio, um torneio entre humanos e deuses. O time que ganhar mais lutas vence, decidindo assim se a humanidade seguira vivendo ou será destruída.
Infelizmente a animação não consegue seguir com a excelência de seu roteiro, sendo muito abaixo para uma produção feita nessa década. Os efeitos apresentados nos lembram Animes do anos noventa, ou seja, este tipo de efeito não se encaixa mais nos dias de hoje, sendo muito lenta e parecendo em alguns momentos apresentações de Power Point. Apesar disso, conseguimos seguir acompanhando cada episódio, muito por conta da riqueza de seus personagens, que nos são apresentados com uma origem bem diferente do que estamos acostumados, e assim aumenta a nossa expectativa para cada batalha. A primeira temporada contém apenas doze episódios, tendo assim somente três batalhas entre deuses e humanos. Temos sim alguns momentos chatos, mas comum em produções japonesas, como aquele personagem irritante, que é um comentarista das lutas, aqui no caso fica a cargo de uma outra Valquíria, a pequena irmã de Brunhilde. Aliás, os torcedores são muito legais, onde vemos diversos nomes importante da humanidade, como pianistas famosos e personagens bíblicos.
A primeira luta é entre Thor, o deus do trovão e o humano Nobu, um herói chinês. Essa primeira batalha começa um pouco devagar, mas vai ganhando ritmo ao longo dos episódios. O chinês batalha com muita coragem e junto com seu cavalo e seus torcedores apaixonados enfrenta Thor sem medo. Por outro lado Thor é mais forte e temos uma cena épica onde ele usa seu martelo para triturar e derrotar Nobu. Na segunda luta as coisas esquentam e acho a melhor da temporada, entre Zeus e Adão. Sim, o personagem bíblico é um copiador de golpes dos deuses e temos uma pancadaria entre os dois lutadores. É nos mostrado como Adão foi expulso do Eden e porque não gosta dos deuses. A luta termina de forma fascinante, com Adão derrotado, mas de pé, enquanto Zeus fica no chão, de joelhos para um humano. Por fim, o primeiro arco se encerra no conflito entre Poseidon e o samurai Kojiro Sasaki. É quando temos a primeira vitória da humanidade, pois o espadachim usa de sua perseverança para cortar o soberbo Poseidon em pedaços. A cada luta a nossa empolgação cresce, e logo nos esquecemos da fraca animação. Para nos conectar com a segunda temporada, Record Of Ragnarok nos prepara o próximo embate, entre Hércules e Jack estripador.
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