Uma das obras em quadrinhos mais importantes da história se chama Sandman, escrita por Neil Gaiman, onde ele conseguiu criar um universos sensacional falando sobre um mundo invisível, apresentando personagens que mexem com o imaginário das pessoas. Gaiman consegue em suas obras trazer para o material personagens que estariam apenas no abstrato de nossas mentes. A dúvida seria se tudo isso conseguiria ser bem transportado para o áudio e visual, ainda mais com a Netflix que tem tido dificuldades em algumas adaptações. Mas aqui com Sandman, tudo é bem construído e o resultado é ótimo.
Contendo dez episódios em sua primeira temporada, a série traz a adaptação dos primeiros arcos da trama dos quadrinhos, com algumas pequenas mudanças, que não alteram em nada o rumo da história. Já posso adiantar que Sandman é uma das melhores adaptações já realizadas dos quadrinhos para o áudio e visual. A começar pelo ator, Tom Sturridge, que interpreta o protagonista do seriado. Em todos os aspectos de interpretação ele vai muito bem, sem precisar fazer do Morpheus um personagem maluco e sem um estilo bagunçado, como nos quadrinhos. No desenho cabe bem, mas aqui na série, a forma que ele esta ficou excelente. O seriado nos apresenta Morpheus, o rei do Sonhar, que acaba sendo capturado por humanos que na verdade queriam prender a Morte. Sendo assim, Sandman acaba ficando preso por um século no porão dessa família, e vê muitas coisas acontecerem ao longo dos anos, enquanto a sua ausência causam estragos no mundo dos homens como também no Sonhar. Após escapar da prisão, Sandman vai atrás de recuperar seus artefatos que foram roubados.
Esse arco é muito interessante, já que vemos o quanto os seus artefatos influenciaram a vida humana. Primeiro recupera sua areia com a Constantine. Em seguida vai até o inferno recuperar o seu elmo em um jogo de inteligência contra lúcifer. É um dos melhores momentos da série, já que o jogo entre eles é muito interessante. O desafio final acaba sendo o ato de pegar de volta o seu rubi, que faz com que sonhos se tornem realidade. Os episódios traz diversos personagens secundários, que são afetados por toda a movimentação de resgatar tais peças. Por trás de tudo isso temos Coríntio, uma criação de Sandman, que faz de tudo para derrubar seu criador, já que não quer ser apagado. Um outro arco muito bom é quando Sandman esta com algumas crises existenciais e passa um dia com sua irmã Morte. Esse episódio mostra como a morte pode estar ao redor das pessoas, mesmo sem elas notarem. A temporada termina com a aparição de Rose Walker, um vortex que pode destruir Morpheus. O protagonista consegue uma solução para não ser destruído e manter Rose viva, e ao eliminar Coríntio descobre quem foi o responsável por toda essa bagunça, o seu irmão Desejo. Após discutir com o irmão, Sandman volta ao Sonhar para reconstruir novos sonhos e pesadelos, enquanto deixa as partes administrativas com sua assistente Lucienne. A primeira temporada de Sandman é ótima, uma das melhores do ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário