Seguidores

Tecnologia do Blogger.

Visitantes

Mago Valdivia, uma relação de amor e decepções com o Palmeiras

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Essa semana o chileno Jorge Valdivia anunciou a sua aposentadoria dos gramados, gerando grande comoção principalmente aqui no Brasil por parte dos palmeirenses, que tiveram uma relação cheia de altos a baixos com o camisa dez do Chile. Me lembro quando ele chegou aqui no Brasil em 2006. Um cara cabeludo e ainda jovem desembarcava em São Paulo e algo me dizia que ele seria grande no Palmeiras. Alguns jogos depois já era notório que era diferente, sendo conhecido como mago, logo vimos sua magia em diversos jogos. Com duas passagens pelo Palmeiras, o craque gerou em mim momentos de muita raiva, mas principalmente, sentimentos de muita alegria por ter essa magia com a camisa verde.


Em sua primeira passagem, o vimos desfilando um bom futebol ao lado de outro grande ídolo, o animal Edmundo. Juntos, bagunçaram muitas defesas e traziam um orgulho em tempos difíceis para os palmeirenses. O primeiro título veio apenas em 2008, o do campeonato Paulista. Foi muito importante aquela campanha, onde vencemos o time mais forte do Brasil na semi finais, o São Paulo. Uma das grandes comemorações do Valdivia era o ato de imitar que o adversário estava chorando. O craque era um artista e não tinha trava na língua, pois falava tudo, sem medo da reação dos rivais. O chileno era uma luz em tempos escuros, trazendo ao torcedor o orgulho de torcer para o Palmeiras. Com ótima visão de jogo, drible fácil e muita habilidade, era o jogador mais talentoso da equipe. Com ele o time era um, sem ele era uma outra equipe. Mas ele saiu do time para ganhar dinheiro na Arábia, voltando apenas em 2010, pós copa do mundo, para cinco anos de muitos atritos e também dias felizes. Na sua segunda passagem as diversas lesões começaram a atormentar o chileno, causando muitos problemas para o Palmeiras.

Era difícil, no dia em que mais precisávamos dele, o craque não estava em campo por alguma lesão. A semi final da Copa Sul-Americana contra o Goiás seria diferente, se ele não tivesse se machucado, E o chute no vácuo dele na semi do Paulista contra o Corinthians? Em que Valdivia saiu com estiramento após o ato. Senti muita raiva dele nesses momentos. Era como ter uma Ferrari e não poder usá-la nunca. Além disso, havia nos bastidores as noticias que ele não se cuidava, chegava bêbado no treinos, e em 2014 deixou de jogar pela equipe para focar na Copa pela seleção do Chile. Era uma relação de amor e ódio, mas não tinha jeito, éramos dependentes do seu futebol. Valdivia venceu ainda uma Copa do Brasil em 2012 e a Série B de 2013. O saldo final foi positivo, mas com aquela sensação de que poderia ter sido melhor. Coloco Valdivia no meu "Palmeiras de todos os tempos", por aquilo que ele representou para uma geração. Se último ato foi eliminar o Corinthians no Paulista de 2015 em pleno Itaquera, comemorando com a torcida. Sem duvidas ele é palmeirense, e vestiu o manto com orgulho. Como sempre digo, Valdivia era um vagabundo, mas tudo bem, era o nosso vagabundo. Obrigado pela magia mago, como palmeirense, agradeço por ter jogado no Palmeiras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

POPULARES DA SEMANA