Após tantas polemicas envolvendo o ator Ezra Miller, finalmente o filme "The Flash" teve o seu lançamento esse ano, e infelizmente não conseguiu atingir o objetivo de ser um sucesso, revelando não apenas uma bagunça dentro da trama, mas uma falta de conexão em todo o universo DC no mundo dos cinemas. Não que a trama seja ruim, mas ela mostra muitos buracos e uma quebra na linha narrativa e de continuidade ao longo do roteiro. Gosto muito do começo do filme, mas no ato final as coisas ficam ruins, deixando um gosto de que poderia ter sido mais. "The Flash" veio com a promessa de começar uma nova Era da DC, mas não conseguiu fazer os encaixes para um novo ciclo.
O filme se inicia com Flash tendo que resolver um problema em Gotham City, e assim vemos outros heróis da DC aparecerem, como por exemplo a Mulher Maravilha e o Batman do Ben Affleck. Aliás, falando em Batman, ele acaba dividindo a produção junto com o corredor escarlate, pois conforme o Flash vai entrando no multiverso, outras versões do homem morcego acabam aparecendo. Ben Affleck talvez faça a sua despedida de sua versão de Batman, colocando fim de um ciclo para inicio de outro, que terá James Gunn controlando todos os filmes DC. Após esse primeiro ato do qual gosto muito, entramos no segundo, que também se apresenta muito bem. Barry é frustrado por não ter tido momentos com sua mãe, já que ela foi morta quando ele era criança. É então que o protagonista descobre que com sua velocidade ele consegue voltar no tempo. Mesmo sendo advertido do perigo por Bruce Wayne, ele acaba conseguindo viajar no tempo e acaba indo aparar em um outro universo, onde acaba encontrando sua família viva, mas com um jovem Barry. Com muito humor, temos dois Barry no filme, e um encontro com outro Batman, aquele dos anos oitenta, interpretado por Michael Keaton.
Ver a versão antiga do Batman é um banho de nostalgia, onde contamos inclusive com a antiga trilha sonora do herói criada por Danny Elfman. O Barry mais velho perde seus poderes e o novato que agora com poderes precisa ser mentoriado pelo Flash de nossa realidade. Quando Zod invade a Terra nesse universo, é necessário que se encontre o Superman. Sendo assim, os dois Barry e Batman partem para a Rússia para encontrá-lo, e acabam se surpreendendo, já que nessa realidade, o kriptonyano que caiu na Terra é uma mulher. chamada Kara, que acaba se transformando em Supergirl e os ajudam a lutar contra Zod. É aqui que tudo vira uma bagunça, com o filme perdendo a mão e virando um show de CGI e idas e vinda no tempo durante a própria luta contra Zod. Após toda conclusão, Barry consegue provar a inocência do seu pai em relação a morte da mãe, mas deixando muitas pontas soltas. Afinal, quem matou a mãe de Barry? Qual o universos que ele retorna? Já que ao voltar no tempo, o vemos em um universo onde o Batman é George Clooney. De bom, "The Flash" toca na nostalgia, mostrando vários universos e personagens, como o Superman de Nicolas Cage e Christopher Reeve e o Batman de Adam West. Mas a promessa de ser um filme que colocaria ordem na DC não acontece e seguimos em um limbo, sem saber como será o futuro da DC nos cinemas.
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