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Recortes da vida- Vol 2

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Essa é uma das colunas que mais gosto de escrever, pois elas me levam de volta no tempo, como uma máquina do tempo, sou transportado para algum momento da minha vida, onde de forma poética consigo contar como foi aquele momento, além de conseguir transmitir as emoções daquele recorte. Como não da para lembrar de tudo de uma vez, vamos colocar nossos momentos em pequenos recortes.

Recorte #1- O dia do casamento

Um dia conheci a pessoa com quem iria me casar. Casar? Pois é, isso iria acontecer. Me lembro de receber a noticia da data do meu casamento enquanto estava em uma lanchonete com meu primo. Quem diria, que aquele garoto, agora com vinte oito anos, iria se unir a uma mulher. Vamos dar um pulo no tempo. Chegou o dia, 17 de outubro de 2015. Estou bastante nervoso, achando que iria passar mal, que poderia desmaiar. Quanta besteira, isso me fez aproveitar menos do que deveria daquela cerimonia. Após entrar com a minha mãe, ver os padrinhos entrarem e tomarem seu lugar, eu disse "Esta acontecendo, estou casando". Ela desce então aquelas escadas em formato caracol. Tão linda, tão radiante, com um belo sorriso. Eu pego de sua mãe, nossas mãos estão geladas. A cerimônia é linda, a mensagem é sobre o amor mais forte que a morte. Tem o beijo, tem a comemoração e abraços, além da foto final. Vejo meu irmão chorando bastante de canto, felicidade no olhar de todos. Quando um amigo meu me diz "Parabéns a você e sua esposa" a minha ficha começa a cair. Sim, agora eu tenho uma esposa.


Recortes #2- Meus momentos com meu avô

Que saudades, nossa, que saudades. Acho que meu avo era o único homem que realmente me amava para valer. Foi com ele que aprendi a andar de bicicleta quando pequeno. Ele que me ensinou o tempo em que um ônibus passava no ponto de embarque. Saudades de pular em cima da cama dele e ficar o agarrando. Ele dizia "Quanto mais velho fica, mais bobo fica". E eu pulava de novo com muita alegria. Ele falava que queria ganhar na Telê sena para me dar uma casa. Meus primos e tias morriam de ciúmes. Apesar de torcer para ganhar a casa, meu prêmio maior era ele. Nossa, e que falta ele faz. Tive a chance de morar com ele quando criança e depois como adolescente. "Cafofo', "Rafaer", era como me chamava. Se preocupava comigo na minha fase chata de adolescente. Foi cedo demais, e as vezes sua imagem some da minha memória. Mas em textos como esse, me lembro e me emociono. Obrigado meu avô, queria que você tivesse me visto casado e o homem que me tornei.

Recortes #3- Meu irmão e eu

Me lembro de um trabalho de escola, onde disse que o meu sonho era ter um irmão. Queria ter alguém para brincar, queria ter alguém para conversar. Pois bem, em 1996 nasceu, um menino loiro. Eu ficava em cima dele, queria chamar a atenção, queria brincar. Mas sabe como são os irmãos não é mesmo? Ele era mimado e as vezes me tirava do sério. Mas sempre gostei de tê-lo por perto, creio que ele seja o homem que mais amo nessa vida. Teve dias de brigas, dias que errei, mas também dias que não me esqueço. Como era bom ficar maratonando a série "Supernatural" com ele em meu Notebook. Nossas idas no cinema, nosso tempo de qualidade. Gostamos de praticamente as mesmas coisas, e hoje em dia, morando em lugares diferentes, somos unidos pelo pastel mensal de fim de semana. Que os laços não se percam, que a irmandade e amizade permaneçam.

Recortes #4- Os Zamigos na praia

Nada como os amigos de sua juventude. Eu posso falar que tive bons amigos. Compartilhávamos sonhos, buscávamos os mesmos objetivos e por bons anos a nossa rotina se encontravam. Nos chamávamos de os Zamigos. Certa vez, decidimos irmos a praia, e assim fomos. A dona do carro ficou com medo de dirigir na Anchieta, e eu acabai dirigindo na viagem. Um carro automático, pela primeira vez na vida, em plena serra praiana. Aquele dia foi muito bom, pegamos o lindo por do sol em uma montanha do Guarujá, andamos na praia e batemos ótimas fotos. Claro, mesmo na agua gelada, aquele mergulho na praia do Tombo. Na volta para casa, estou lá novamente dirigindo aquele carro automático. Uma ótima experiência, com amigos. Se voltasse no tempo, não acreditaria que seria a ultima, que estaríamos tão distantes nos dias de hoje. Vale o recorte, vale a lembrança.

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