A banda santista Zimbra tem em seu segundo álbum uma produção muito melhor que o álbum de estreia, com um som mais intimista e com canções mais sentimentais. O nome azul nos fala sobre sentimentos e emoções, e é muito bom de se ouvir, com um tom perfeito para quem gosta do som da banda. Lançado em 2016, este disco foi o que mais ouvi deles, em um conjunto de boa melodia e sensibilidade nas letras. Zimbra conseguiu amadurecer na forma de transmitir suas mensagens e o álbum azul reflete isso muito bem, sendo um dos melhores representantes do nosso rock nacional da atualidade.
A produção começa com a canção "Sinais", que tem diversos instrumentos juntos, entre eles trompetes e trombones. Ela é leve e bonita. Em seguida é a vez de "Deixa assim" que nos fala da realidade de um relacionamento desgastado, mas ambos não querem o fim. "Chuva" é uma das melhores do álbum, falando que mesmo enquanto a chuva cai lá fora, dentro de si ele tenta separar ela da solidão. No fim o refrão se repete por várias vezes, sendo uma das melhores partes da música. O tom dela é muito boa, sendo um componente importante da história apresentada dentro do álbum. "Trem" também é muito boa, e já fazia parte do catalogo da banda fazia muitos anos, mas só agora em 2016 que resolveram adicioná-la em um álbum. Ela é bem bonita e melódica, falando de caminhos, tempo e finais. "Azul" é a canção que puxa o nome do disco e até mesmo um clipe dela foi produzido. Fala sobre uma mulher que ele admira, mas ela é muito fria.
Temos um aprofundamento nos sentimentos nas próximas músicas, mostrando que esta produção é uma viagem pelo mundo das emoções e relacionamentos. "O redator" foi a canção que mais ouvi deste álbum, sendo produzida em um storytelling, onde a letra mostra o próprio redator contando a sua história através da música. É sobre cartas, rascunhos e a arte da escrita. É bastante romântica. As próximas canções se mostram mais intimistas, onde destaco "Morte e sorte", que é cheia de metáforas em sua letra. Todas as músicas possuem uma conexão entre elas, já que a base como já disse por aqui, é falar das emoções sentidas ao longo da vida. A última música de "Azul" se chama "Eu te amo e nem sei", que é uma bela declaração de amor, com apenas voz e uma guitarra de leve sendo tocada ao fundo. O Zimbra consegue se estabelecer no cenário indie brasileiro, e este álbum é uma ótima produção, sendo muito bom para ouvir em um dia de chuva e de reflexões, por ser relaxante e falar de diversos sentimentos com uma letra e sonoridade muito boa.
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