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Minhas Copas do mundo- A Copa de 1994

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Este é um ano de Copas do mundo, e como sabemos, este é um torneio que mexe com todo mundo, principalmente com os brasileiros, que gostam de torcer, criticar e se reunir para assistir os jogos. Costumo falar que o brasileiro só lembra da sua nacionalidade em ano de Copa, quando enfim ele começa a se sentir patriota. Quero então começar uma série de textos contando sobre as minhas experiências em anos do torneio mundial. Até aqui, já assisti sete Copas do mundo. Sim, já estava vivo em 1990, mas me lembro muito pouco. A minha maior lembrança é do Brasil perdendo da Argentina. Não me lembro do jogo em si, mas de estar na rua em família com as pessoas falando que o Brasil havia perdido, e sons de fogos de artificio no céu. Bem, sendo assim, vamos falar sobre a Copa de 1994, disputada nos EUA.

Me lembro muito bem do clima da cidade e do país, com as ruas pintadas, bandeirinha nos fios e uma torcida com muita expectativa de vencer. Eu ainda não sabia, mas fazia vinte e dois anos que a seleção não vencia uma Copa do mundo. Se falarmos antes, tenho memórias de 1993, das Eliminatórias com eventos marcantes, como a derrota para Bolívia e o retorno de Romário para o jogo final contra o Uruguai. Este jogo final me lembro muito bem. O povo pedia Romário e quando ele foi convocado o país entrou em festa, principalmente após o show dele em pleno Maracanã. Quando a Copa de 94 começou, vi a maioria dos jogos no apartamento onde morava, com meu padrasto e minha mãe. Na primeira partida contra a Rússia, a casa estava cheia com outros familiares. Havia certo ar de tensão, mas Romário fez logo questão de encerrar isso. Contra o Camarões, um jogo mais leve, onde tenho memórias de comemorar bastante junto com meu padrasto e mãe os gols. O terceiro jogo foi contra a Suécia, minha avós estava em casa. Não entendi muito as regras, e quando a Suécia fez o primeiro gol eu chorei, mas o gol de empate do Romário me trouxe alegria e clareza do que era este jogo. Durante a Copa, meu primo Fernando ia bastante em casa e jogávamos um jogo de futebol em um tabuleiro, era bem divertido.

Chegou a fase eliminatórias, e que jogo tenso foi a partida contra os EUA, em pleno feriado deles. A expulsão de Leonardo dificultou tudo e a bola não entrava. Quando Bebeto marcou, eu e minha família entramos em festa. A quartas de final contra Holanda assisti na casa da minha tia Nena. O Brasil fez dois gos e já achávamos que tudo estava ganho, mas veio o empate e a tensão voltou. Branco fez questão de resolver tudo, e meu primo Danilo e eu entramos em festa. A comemoração de Bebeto balançando os braços também ficou na memória. Um dos jogos mais angustiantes foi contra a Suécia, em uma noite durante a semana. A bola não entrava, de jeito nenhum. Eu e meu padrasto gritamos quase gol por diversas vezes. Romário fez de cabeça e assim chegávamos a final. Olha, a final foi estranha, lembro de ver o primeiro tempo na minha tia Nanci, mas a minha avó bebeu de mais e deu problemas. A prorrogação já me lembro de estar em casa, mas meus familiares não estavam vendo. Sei la, algum problema aconteceu e eu nunca soube. Junto com meu primo Danilo assistimos os pênaltis juntos. "Sai que é sua Taffarel" marcou uma época. Me lembro de dizer "Se Baggio errar acabou". Ele era o craque, não iria errar, mas errou. Bola por cima do gol, e o tetra era nosso. Junto com meu primo comemoramos bastante e os familiares enfim comemoraram também. De rosto pintado me alegrei, tendo o prazer de ver o Brasil ser campeão do mundo pela primeira vez. Um tempo de inocência, de muita alegria, de muitas coisas acontecendo na família, mas eu não percebia nada, pois o futebol me encantava. Obrigado Brasil, obrigado Romário.

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