Em 1894 a cadeira de presidente do Brasil ganhava um novo nome para se sentar, chamado Prudente de Morais, que governou de 15 de novembro de 1894 até 15 de novembro de 1898. Antes de assumir a presidência, era notório a carreira politica que ele vinha galgando, tendo sido o presidente do Estado de São Paulo, cargo que hoje conhecemos como o de governador. Ele também foi senador paulista entre 1890 e 1894. Prudente de Morais foi o primeiro candidato a vencer por eleições diretas, assim como o primeiro civil a assumir o cargo. Morais representava a ascensão da oligarquia cafeicultora e dos políticos civis ao poder nacional, após um período dominado pelos militares, que agora tinha poder apenas no legislativo. Prudente de Morais fazia parte do partido PRF.
Quando ocorreu a proclamação da república e Deodoro da Fonseca assumiu como presidente, Prudente de Morais estava seguindo carreira politica em São Paulo, onde fez uma ótima administração, trazendo reformas tanto na área financeira como também na educação do Estado. Morais tentou ser presidente do Brasil, mas perdeu para Deodoro, indo então assumir o cargo de senador do Estado paulista. Mas em 1891 uma nova chance apareceu, e assim Prudente decidiu disputar o cargo da presidência mais uma vez, após a saída de Floriano Peixoto. O seu principal competidor foi Afonso Pena, que acabou ficando em segundo lugar, em uma eleição com mais de vinte e nove políticos concorrendo para ser presidente do país. Prudente de Morais venceu as eleições, contando com 276 583 votos, assumindo o novo cargo em 1894. Os quatro anos do novo presidente foram bastante agitados, começando com a revolta federalista que estava acontecendo no Rio grande do sul, além de também sofrer com a oposição dos florianistas e ver seu partido perdendo diversos nomes importantes no decorrer do seu mandato.
Prudente de Morais não mediu esforços para poder fazer com que houvesse uma pacificação dentro do país, para que o seu governo não fosse abalado. Após conseguir conter a revolta federalista, ele restabeleceu relações diplomáticas com Portugal, que havia sido quebrada na gestão anterior. Em 1895 ele assinou o tratado da amizade, comércio e navegação com o Japão, com o objetivo de fomentar a imigração japonesa para o Brasil. Nesse período tivemos também conflitos com a França e Inglaterra, que buscavam tomar posse de alguns territórios nacionais. A turbulência continuou quando ele teve que lidar com os militares, ao fechar a escola militar. Quando tudo parecia resolvido, uma crise maior aconteceu, a famosa guerra dos Canudos, no sertão baiano. Prudente teve que se afastar por conta de uma cirurgia, mas se viu obrigado a retornar antes da hora para poder lidar com os conflitos que Canudos estava proporcionando. Esses problemas desgastaram muito o governo, que teve que se preocupar mais em lidar com guerras civis do que lidar com o avanço do Brasil. Em 1897, em uma cerimônia militar que iria receber dois batalhões vindo de Canudos, Prudente de Morais sofreu uma tentativa de atentado, sendo protegido pelo seu ministro de guerra, Marechal Bittencourt. Prudente terminou o seu mandato com grande popularidade, e ao deixar o seu mandato, seguiu para viver sua vida em Piracicaba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário