Seguidores

Tecnologia do Blogger.

Visitantes

Vidas passadas

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Um amor pode durar para sempre? Quando você cria um sentimento por alguém na infância, esse sentimento pode vir a sobreviver na sua fase adulta? Essa são algumas questões apresentadas no filme "Vidas passadas", da diretora Celine Song. A produção é feita nos Estados Unidos, mas na língua coreana. O filme consegue nos apresentar dois mundos, o do oriente e do ocidente, e como eles lidam de forma diferente com os sentimentos e os relacionamentos. Ainda crianças, vemos um recorte da vida de Hae Sung e Nora. Os dois possuem sentimentos um pelo outro e tinham tudo para namorarem. O problema é que Nora vai morar com a família nos Estados Unidos, e assim nunca saberíamos se o namoro entre os dois iria dar certo, deixando sempre esse sentimento em Hae Sung.


Os anos vão se passando e vemos que Hae Sung anda tem sentimentos por Nora, e assim começa a ir atrás dela pelas redes sociais, até o dia em que finalmente consegue achá-la. Isso me lembra daquele sentimento de quando estudamos com alguém e ficamos anos sem ver ou falar com a pessoa, até que finalmente a encontramos pela rede social. Quantas vezes já passei por isso, principalmente quando as redes sociais facilitaram esse reencontro. É interessante vermos Hae Sung e Nora tentando estabelecer uma nova conexão, apesar de não serem mais as mesmas pessoas, com a garota tendo agora um nome americano. É nítido que Hae Sung ainda é apaixonado, vivendo a ilusão de um sentimento do passado. Por outro lado, Nora gosta disso e percebe que ele é uma ligação com uma outra vida que ela teve. Mas a distância é enorme e Nora decide terminar com esse bate papo, decidindo seguir o curso de sua vida, já que Hae Sung não vai para a América naquele momento. Quando a tela do computador se abaixa, temos uma nova interrupção de contado entre os dois.

Mais alguns anos se passam e finalmente Hae Sung conseguira ir para os Estados Unidos, com a esperança de tentar viver o seu grande amor. Acontece que duas décadas já se passaram e agora Nora esta morando com Arthur, um americano comum. É aqui que os clichês são quebrados, pois Arthur não é uma pessoa ruim ele é um bom namorado e ama Nora. É legal vê-lo brincando sobre isso, que a história de amor entre Hae Sung e Nora é linda, e ele não pode competir com isso. Nora decide passar o dia com o seu amor de infância. Os dois passeiam pela cidade, andam de barco pela baia de Nova Iorque e conversam bastante. Enquanto se falam, vemos como que as escolhas podem definir o futuro. O que teria acontecido se Nora não tivesse ido aos Estados Unidos quando criança? Será que os dois estariam namorando se Hae Sung tivesse ido para a América quando a encontrou pela rede social? Ainda assim, com todas essas decisões, vemos que o que eles tiveram na infância foi apenas um recorte da vida, que não representa quem eles são hoje. Arthur chega a conhecer Hae Sung, e  existe respeito entre os dois. Arthur chegou até a aprender coreano, pois queria saber o que sua namorada dizia enquanto sonhava. Sem dizerem nada, o dia termina e Nora se despede de Hae Sung, que retorna para a Coreia do sul. O filme termina com Nora chorando nos braços de Arthur, deixando o passado para trás.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

POPULARES DA SEMANA