Mais uma mudança dentro do comando da seleção brasileira aconteceu, mostrando que o presidente Ednaldo, cheio de problemas para responder na justiça, ainda busca uma forma para colocar o time do Brasil em ordem, após a pior temporada que a seleção já teve em sua história. Ainda perdido com a saída de Tite após a Copa de 2022, Ednaldo apostou em Fernando Diniz como interino do italiano Carlo Ancelotti. O problema é que Ancelotti renovou com o Real Madrid e Diniz teve uma das piores gestões de um treinador comandando a seleção brasileira. Sendo assim, começando o ano, Ednaldo demitiu Fernando Diniz e contratou Dorival Júnior, que de fato, merece o cargo.
Em meio a tanta turbulência e com o time brasileiro tendo muitos resultados negativos, era preciso uma mudança. Não tinha mais sentido Diniz permanecer no cargo com resultados ruins, ainda mais que o seu compromisso seria de forma interina. Talvez se ele tivesse vencido as partidas das Eliminatórias, teria o seu cargo efetivado, mas como sabemos, não foi o que aconteceu. Quem poderia então assumir o novo cargo? Após frustração com um treinador estrangeiro recusando o Brasil, não seria o momento de trazer alguém de fora do país. Talvez o único que não seria questionado era Abel Ferreira, treinador do Palmeiras. O problema é que o português não é bem visto pela cúpula da CBF, devido a sempre bater de frente com a organização e ser uma pessoa esquentada muitas vezes. Um outro nome que já foi cogitado foi Renato Portaluppi, mas o gaúcho foi perdendo espaço com o passar dos anos, apesar de na minha opinião ainda acha-lo um bom nome para o cargo. A escolha de Ednaldo foi Dorival Júnior, que é um daqueles que são contra técnicos estrangeiros na seleção brasileira. O treinador do São Paulo deixou o seu cargo, dizendo que um convite da seleção é uma convicção obrigatória.
Dorival disse que esse sempre foi o seu sonho, e mesmo após ter acertado o time do São Paulo, preferiu o desafio da seleção nacional do que disputar a Libertadores da América pelo tricolor, em uma competição que o treinador já foi campeão. Alias, temos que analisar o que levou o técnico a ser o comandante do Brasil no futebol. Os dirigentes do Flamengo diziam que ele só fazia o arroz e feijão, mas ele mostrou que o arroz e feijão dele tinha bastante sabor. Na coletiva de apresentação Dorival disse que em cada clube que treinou, que foram muitos, sempre trouxe um tempero para a equipe. Esse tempero lhe trouxe conquistas, como no fantástico Santos de 2010, com Neymar, Robinho e Ganso. Foi lá que ele teve um conflito com Neymar, algo que ele garantiu já estar resolvido e conta com o camisa dez em seu ciclo para a próxima Copa do mundo. Dorival arrumou as coisas no Flamengo, sendo campeão da Copa do Brasil e da Libertadores em 2022. Após ser deixado de lado, ele mostrou sua qualidade ao tirar o São Paulo da fila com o título da Copa do Brasil de 2023. Dorival sabe montar ótimas equipes, já mostrou isso várias vezes, além de conseguir ter um ótimo relacionamento com os atletas. O desafio do novo comandante é enorme, colocar a seleção nos eixos nas Eliminatórias, além de uma Copa América pela frente. Boa sorte ao novo treinador do Brasil.
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