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Riquelme, el ultimo diez

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Como um amante de futebol, não posso deixar de falar de Juan Roman Riquelme, o craque da camisa dez argentina na década de dois mil. A primeira vez que ouvi falar do Riquelme foi no ano 2000, já que como bom palmeirense, tive a oportunidade de vê-lo com a camisa do Boca Juniors, o que infelizmente para mim, não foi nada bom. No ano seguinte, 2001, a porrada foi ainda maior, pois o craque estava jogando ainda melhor, conduzindo a bola, driblando e acima de tudo, mantendo a cabeça erguida. Poucos jogadores fizeram o que ele fez nos gramados. Como já dizia aquela velha frase, o homem "jogava de terno', tamanha elegância e postura. Vamos então falar um pouco do ultimo dez do futebol.


Quando falamos do camisa dez, estamos nos referindo ao craque do time, aquele cara que arma o jogo, possui uma bela visão de todo o campo e como um maestro controla o tempo e o espaço dentro de campo. As décadas de setenta e oitenta viram diversos de jogadores dessa espécie, como Ademir da Guia, Sócrates, Zico, Rivelino e tantos outros. Poderíamos citar nos anos seguintes alguns brasileiros como Alex, Djalminha e PH Ganso. Mas do lado de nosso país, no quintal de alguma casa argentina, se criava Riquelme, que viria a ser o maior ídolo do Boca Juniors. Na última semana após oito anos que pendurou as chuteiras, finalmente o estádio La Bombonera teve a oportunidade de fazer uma festa de despedida para ele, com diversas presenças ilustres, entre eles, Messi. Acontece que em La Bombonera a torcida não canta o nome de Maradona, que inclusive já vestiu a camisa azul de Buenos Aires, e tão pouco de Messi, o craque da atual geração. Os argentinos pedem perdão, mas o maior nome de La Bombonera se chama Juan Roman Riquelme, clube onde fez história, conquistando três Libertadores da América e um Mundial de Clubes, deixado de joelhos o poderoso Real Madrid no ano 2000.

Em todos os torneios continentais pelo Boca, o craque foi o melhor jogador do campeonato, e os clubes brasileiros como o já citado Palmeiras, e o Grêmio, viram de perto o talento do argentino. Ele também perdeu finais de campeonato, também já jogou mal, mas ninguém ousava vaiá-lo, mesmo nas fases mais difíceis do clube. Mas não foi só na Argentina que ele foi ídolo, pois a Espanha tem um carinho enorme por ele, principalmente os torcedores do Villarreal. Após uma passagem frustrante pelo Barcelona, o time de amarelo abraçou o camisa dez, onde ele fez parte do elenco do famoso submarino amarelo, que chegou até a semi final da Champions League de 2006. Um fato curioso, Riquelme perdeu o pênalti decisivo, que daria a classificação para o Villarreal. O que seria um desastre e uma perseguição, se transformou em uma história de carinho, já que os torcedores foram até a casa do jogador para apoiá-lo e agradecer pela campanha inédita do time. Talvez fique um gosto amargo em relação a seleção da Argentina, já que ele jogou apenas a Copa de 2006, ficando de fora em 2010 por conta de um problema de relacionamento com o treinador Maradona. Ousado, critico e as vezes explosivo, Riquelme nunca deixou que escolhessem por ele, e assim como fazia em campo, dominava e passeava em meio a crises e dificuldades no futebol. Riquelme foi um dos grandes, um dos dez maiores jogadores que vi jogando. Sendo assim, de forma oficial, se aposenta o último camisa dez do futebol mundial, e um dos melhores que os gramados já viram.

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