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Ainda precisamos falar sobre o Álbum AmarElo

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

É incrível como algumas obras possuem o poder de atravessar os anos e seguirem reverberando com o passar do tempo. É assim que enxergo o Álbum AmarElo do Emicida. O Disco foi lançado em 2019 e foi escolhido aqui no Blog como o melhor Álbum daquele ano. Acontece que hoje estamos entrando em 2021, e tanto as músicas como o contexto de AmarElo seguem até hoje, ainda mais após o lançamento do documentário onde Emicida se apresenta no Teatro municipal e mostra a luta dos negros em busca de espaço na sociedade, que muitas vezes se apresenta de forma racista. Acredito que o rapper é um dos grandes nomes da música brasileira, e vai se tornando uma voz ativa através de suas rimas e sua mensagem. Quando lembramos de Emicida logo vemos que é possível vencer, é possível realizar sonhos. Sendo assim, quero me aprofundar um pouco mais naquilo que o rapper nos apresentou em AmarElo.


O Álbum não é apenas uma coleção de músicas, pois podemos ver uma mensagem por trás dele, a começar pelo nome título, que nos diz que quando amamos criamos um elo com a pessoa que lançamos tal sentimento e atitude. Sendo assim, notamos que amar não é apenas um sentimento, mas uma ação prática. Não depende do outro, depende de você simplesmente começar a amar e pronto, o elo é formado. A primeira canção busca trazer essa união, onde em "Principia" vemos o rapper dizer que "a rua é noiz", ou seja, tem que haver união entre todos, quando um vence todo mundo acaba vencendo junto. Chega de querer ganhar sozinho, chega de querer alcançar o topo sem um parceiro do lado. Gosto também da canção "A ordem natural das coisas", onde a letra mostra uma história que pode ser a rotina d qualquer pessoa, com um refrão excelente cantado por Mc Tha. A música a seguir parece até mesmo a continuação da história. Falo de "Pequenas alegrias da vida adulta", mostrando que a vida não é só problema, podemos viver em alto astral. Tanto que no fim temos até uma piada do humorista Thiago Ventura.

A minha música favorita em AmarElo é "Paisagem', onde acompanhado de guitarras Emicida repete várias vezes que tudo está em paz. Em "Ismália" recebemos um soco na cara, com Emicida mostrando a desigualdade racial que existe, ainda mais com Fernanda Montenegro fazendo sua participação. O Álbum se encerra com "AmarElo", e é muito bom termos o sample da música de Belchior embalando a canção de Emicida. Como se não bastasse o Álbum, neste ano veio o documentário da Netflix, onde Emicida mostra a importância dos negros conquistarem o seu espaço de forma física dentro da cidade de São Paulo. Enquanto vemos algumas partes de sua apresentação no Teatro, acompanhamos também a história dos negros no Estado, pessoas que lutaram pelas causas sendo apresentadas e toda produção do Álbum AmarElo. É legal vermos os bastidores do Álbum, as conversas sobre as músicas. Em meio a tudo isso tivemos a Pandemia, e Emicida fala a respeito no documentário. Com AmarElo, o rapper Emicida coloca o seu nome entre os grandes da música.

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