A seleção masculina de vôlei comandada por Bernardinho fez história no inicio do século, ganhando tudo o que tinha pela frente, com a melhor geração que nosso esporte já produziu em todos esse anos. Após a geração de prata e o ouro de 1992, o Brasil conquistou o ouro em 2004. Tivemos a chance de levar mais dois ouro olímpico, mas perdemos tanto em 2008 como em 2012 na final, terminando assim com uma amarga prata. Quando nossa seleção chegou para as Olimpíadas de 2016 já não éramos a principal equipe favorita a ser campeã, pois vivíamos uma troca de gerações, onde não tínhamos mais atletas consagrados como Giba, Rodrigão e Dante. Vivíamos também a despedida do treinador Bernardinho do comando técnico, e agora nosso principais jogadores eram Lucarelli e Bruninho, filho do treinador.
Mesmo com uma nova geração, o Brasil ainda tinha lenha para queimar, e não podíamos negar uma chance de vitória. Caindo em um grupo equilibrado, o cara que trazia tranquilidade para a equipe era o líbero Serginho, que trazia a experiência em seu último torneio pelo Brasil. Outros bons nomes dentro do time eram Lipe, Wallace e Lucão, que mostravam que nossa equipe poderia sonhar alto. Já na estreia, com o apoio da torcida, o Brasil despachou o México por 3/1. Talvez essa também fosse uma das grandes armas brasileira, o apoio dos torcedores, pois estávamos jogando em casa. A vitória seguinte foi contra o Canadá, novamente por 3/1. O nosso primeiro grande desafio da primeira fase acabou sendo contra os Estados Unidos, onde perdemos por 3/1, seguido de derrota para a Itália por 3/1. Estávamos perdendo os jogos que era mais difíceis, mas passamos na quarta colocação do grupo, após derrotarmos a França por 3/1. Apesar da classificação, não dava para garantir que seriamos campeões. Foi então que na fase eliminatória nossa equipe se transformou para melhor.
Nas quartas de final pegaríamos a melhor seleção do outro grupo, que acabou sendo a nossa rival Argentina, que contava com uma excelente geração de jogadores. O nome do jogo acabou sendo Lucarelli, que acabou saindo durante a partida machucado. Mas em seu retorno mostrou o seu poder de fogo, e com nossa torcida empurrando, o Brasil venceu por 3/1. Na semi final, a revanche seria contra a Rússia, que nos tirou o ouro em Londres 2012. Os atletas já se conheciam, e a rivalidade também era grande. O que vimos foi uma grande superação brasileira, que não deu chances para os russos, com uma vitória arrasadora por 3/0 com Wallace sendo o nome da partida, sendo o maior pontuador do jogo. O Brasil chegava assim na sua quarta final de olimpíadas seguida, um marco incrível para essa talentosa geração do vôlei masculino. A final foi contra a poderosa Itália, mas novamente, não demos chance aos italianos. com o Brasil vencendo por 3/0, algo inesperado para uma final olímpica. Lucão travava o ataque da Itália, enquanto a dupla Lucarelli e Wallace fizeram a festa no ataque. A seleção brasileira conquistava o ouro jogando em casa, em uma temporada de superação, mostrando que a nova geração de jogadores pode dar continuidade ao legado do vôlei nacional.
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